Dimensão

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Chamaremos de dimensão a [[medida]] comedida, aberta através do [[entre]] céu e terra. A dimensão não surge porque céu e terra estejam voltados um para o [[outro]]. Ao contrário. Esse voltar-se para o outro repousa sobre a dimensão. A dimensão tampouco é uma extensão do espaço, entendida segunda a sua representação habitual. No sentido de arrumado, espaçado, o espacial já sempre necessita da dimensão, ou seja, daquilo a partir do qual é concedido" (1).
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: "Chamaremos de [[dimensão]] a [[medida]] comedida, aberta através do [[entre]] [[céu]] e [[terra]]. A [[dimensão]] não surge porque [[céu]] e [[terra]] estejam voltados um para o [[outro]]. Ao contrário. Esse voltar-se para o [[outro]] repousa sobre a [[dimensão]]. A [[dimensão]] tampouco é uma extensão do [[espaço]], entendida segunda a sua [[representação]] habitual. No sentido de arrumado, espaçado, o [[espacial]] [[sempre]] necessita da [[dimensão]], ou seja, daquilo a partir do qual é concedido" (1).
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:(1) HEIDEGGER, Martin. "...poeticamente o homem habita...". In: ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 172.
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: (1) HEIDEGGER, Martin. "...poeticamente o homem habita...". In: '''Ensaios e conferências'''. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 172.
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: "Para se realizar toda e qualquer espécie de [[dimensionamento]] é, portanto, imprescindível o estabelecimento da [[medida]], da [[identidade]], isto é, de uma [[mediação]], bem como uma correspondência [[entre]] ao menos duas [[coisas]] mediadas por uma [[ideia]], isto é, uma [[mediação]] que se configura como alguma [[coisa]] de uma [[outra]] [[ordem]], que se apresenta pela [[ausência]] mesma do [[fenômeno]] a ser dimensionado. Um termo médio [[abstrato]] e ajuizador, aquilo que, em última [[instância]], acaba por [[apresentar-se]], concomitantemente ao seu [[próprio]] [[apresentar-se]], como uma determinada [[compreensão]] de [[verdade]]. Esta, para servir como característica para o estabelecimento de um [[dimensionamento]], deve necessariamente [[ser]] compreendida como [[adequação]] [[entre]] duas [[coisas]], [[entre]] dois enunciados ou ainda [[entre]] um [[enunciado]] e aquilo que ele enuncia" (1).
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:"Para se realizar toda e qualquer espécie de dimensionamento é, portanto imprescindível o estabelecimento da [[medida]], da identidade, isto é, de uma mediação, bem como uma correspondência entre ao menos duas coisas mediadas por uma ideia, isto é, uma mediação que se configura como alguma coisa de uma outra [[ordem]], que se apresenta pela ausência mesma do fenômeno a ser dimensionado. Um termo médio [[abstrato]] e ajuizador, aquilo que, em última instância, acaba por apresentar-se, concomitantemente ao seu próprio apresentar-se, como uma determinada compreensão de [[verdade]]. Esta, para servir como característica para o estabelecimento de um dimensionamento, deve necessariamente ser compreendida como adequação entre duas coisas, entre dois enunciados ou ainda entre um enunciado e aquilo que ele enuncia" (1).
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: (1) JARDIM, Antonio. '''Música: vigência do pensar poético'''. Rio de Janeiro, 7Letras, 2005, pp. 39-40.
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: "[[Dimensão]] é a “[[medida]]” do “[[entre]]” limitado e ilimitado, do “[[entre]]” [[possível]] e [[real]]" (1).
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:(1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro, 7Letras, 2005, pp. 39-40.
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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: '''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos'''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 43.

Edição atual tal como 20h43min de 13 de março de 2022

1

"Chamaremos de dimensão a medida comedida, aberta através do entre céu e terra. A dimensão não surge porque céu e terra estejam voltados um para o outro. Ao contrário. Esse voltar-se para o outro repousa sobre a dimensão. A dimensão tampouco é uma extensão do espaço, entendida segunda a sua representação habitual. No sentido de arrumado, espaçado, o espacialsempre necessita da dimensão, ou seja, daquilo a partir do qual é concedido" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "...poeticamente o homem habita...". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 172.
Ver também:
*Abismo

2

"Para se realizar toda e qualquer espécie de dimensionamento é, portanto, imprescindível o estabelecimento da medida, da identidade, isto é, de uma mediação, bem como uma correspondência entre ao menos duas coisas mediadas por uma ideia, isto é, uma mediação que se configura como alguma coisa de uma outra ordem, que se apresenta pela ausência mesma do fenômeno a ser dimensionado. Um termo médio abstrato e ajuizador, aquilo que, em última instância, acaba por apresentar-se, concomitantemente ao seu próprio apresentar-se, como uma determinada compreensão de verdade. Esta, para servir como característica para o estabelecimento de um dimensionamento, deve necessariamente ser compreendida como adequação entre duas coisas, entre dois enunciados ou ainda entre um enunciado e aquilo que ele enuncia" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro, 7Letras, 2005, pp. 39-40.

3

"Dimensão é a “medida” do “entre” limitado e ilimitado, do “entrepossível e real" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 43.
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