Ambiguidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 174.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 174.
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: "Toda [[ambigüidade]] diz do ''ambi-agere'', isto é, do [[agir]] de um lado e de outro, do que se ganha e se perde, se manifesta e se oculta, se avança e recua, se faz luz e escurece, se dá e se retrai. Esse um e [[outro]] é o partirmos de nossa [[condição humana]] e sermos já desde [[sempre]] provocados a [[experienciar]] a [[finitude]] como a [[caminhada]] do [[entre]] [[limite]] e [[não-limite]]. Toda [[ambiguidade]] é um [[entre]], uma [[dobra]]. A [[dobra]] é a [[unidade]] de [[identidade]] e [[diferença]]. É desta nossa [[condição humana]] [[temporal]] que todo [[agir]] já tende, já se move, numa e para uma [[finalidade]]  (''[[télos]]''). Mas ela é ambígua porque nossa [[condição humana]] e [[temporal]]  é [[essencialmente]] ambígua" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Tempo, o poético-circular e a cronologia". ['''[Ensaio]]''' não publicado.

Edição de 02h35min de 1 de Dezembro de 2021

1

"A incerteza já não é somente ameaça. É também surpresa. E é esta ambiguidade que nos faz nascer, com tudo que um verdadeiro nascimento traz consigo de insegurança, medo, obscuridade, ousadia, surpresa e aventura. Aparece, então, todo um mundo de coisas que antes nem podíamos ver" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Heidegger e a Modernidade: a correlação de sujeito e objeto". In: Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, pp. 184-5.

2

A essência do agir se funda numa ambiguidade: perguntamos e no perguntar quem, em última instância, se pergunta, porque só podemos ter vontade de perguntar porque já vigoramos no querer do ser, é o ser.


- Manuel Antônio de Castro.

3

"Ulisses, pela sua Escuta, apodera-se do que já tem (destino), mas não sabe, e do que não tem e já sabe (destino). Por isso será uma escuta ambígua, como veremos. Esse é o nosso destino, vivermos ambiguamente: sermos e não-sermos, saber e não-sabermos" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 174.

4

"Toda ambigüidade diz do ambi-agere, isto é, do agir de um lado e de outro, do que se ganha e se perde, se manifesta e se oculta, se avança e recua, se faz luz e escurece, se dá e se retrai. Esse um e outro é o partirmos de nossa condição humana e sermos já desde sempre provocados a experienciar a finitude como a caminhada do entre limite e não-limite. Toda ambiguidade é um entre, uma dobra. A dobra é a unidade de identidade e diferença. É desta nossa condição humana temporal que todo agir já tende, já se move, numa e para uma finalidade (télos). Mas ela é ambígua porque nossa condição humana e temporal é essencialmente ambígua" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Tempo, o poético-circular e a cronologia". [[Ensaio]] não publicado.
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