Sendo
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra de arte''. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 207 . | : (1) HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra de arte''. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 207 . | ||
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+ | : "E agora é necessária uma primeira distinção, sempre a partir da essência do agir do questionar. Ontologicamente, podemos conceber todo sendo como a dobra: a) do que é; b) do como é. É sempre no agir do como sou que, desdobrando-me dialeticamente, chego a ser o que sou" (1). |
Edição de 21h10min de 8 de fevereiro de 2019
1
- "O particípio tò ón, o ente, o ser, é o particípio de todos os particípios, porque a palavra 'ser' é a palavra de todas as palavras. Em toda palavra, mesmo na palavra 'o nada', em que somos capazes de fazer a experiência de todo ente, pensa-se e nomeia-se ser, mesmo quando pensamos, refletimos ou nos pronunciamos a seu respeito" (1). O tradutor preferiu traduzir to on por o ente, mas a palavra alemã Das Seiende dá mais a ideia de sendo. A tradução latina do on foi ens, entis, de onde se orginou a palavra portuguesa ente. Acontece que por essa tradução perdeu-se completamente o valor verbal presente na palavra grega on, que é o particípio presente do verbo grego einai. Conferir neste dicionário a palavra ente, para completar o seu sentido verbal (sendo) e não apenas substantivo (ente).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Heráclito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998, p. 74.
- Ver também:
2
- "Sendo" é a questão que atravessa desde o início todo pensar ocidental até hoje. Em grego é on. Já Aristóteles disse que o on se diz de muitas maneiras (to on legetai pollachós). E Heidegger também diz que, com um pouco de exagero, pode-se afirmar que o destino do Ocidente depende da tradução dessa palavra grega on. Esta é a forma verbal do verbo einai no particípio presente.
3
- "O narrar enquanto palavra se torna um narrar inaugural da linguagem, não sendo esta nada mais do que o sendo se realizando naquilo que é em sua essência originária, no isto que cada sendo é, ou seja, acontecendo poeticamente. Sendo é desvelamento, é presença do que não cessa de ausentar-se, no retrair-se" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte: presença e forma". In: ----------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 222.
4
- "A verdade é o desvelamento do sendo enquanto sendo. A verdade é a verdade do ser. A beleza não aparece junto desta verdade. Quando a verdade se põe na obra, ela aparece. O aparecer é – como este ser da verdade na obra e como obra – a beleza. Assim, o belo pertence ao acontecer-se apropriante da verdade" (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 207 .
5
- "E agora é necessária uma primeira distinção, sempre a partir da essência do agir do questionar. Ontologicamente, podemos conceber todo sendo como a dobra: a) do que é; b) do como é. É sempre no agir do como sou que, desdobrando-me dialeticamente, chego a ser o que sou" (1).