Referência
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser humano e seus limites". In: MONTEIRO, Maria da Conceição e Outros (org.). ''Além dos limites'' - ensaios para o século XXI. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013, p. 229. | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser humano e seus limites". In: MONTEIRO, Maria da Conceição e Outros (org.). ''Além dos limites'' - ensaios para o século XXI. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013, p. 229. | ||
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+ | : "Na conclusão do livro de Heidegger A origem da [[obra de arte]], o pensador-poeta diz: “Na frase “Pôr-em-obra-da [[verdade]]”, em que fica indeterminado, porém, determinável de que modo quem ou o que “põe”, ''vela-se a [[referência]] do [[Ser]] e da [[essência]] [[humana]]'', e tal [[referência]], nesta formulação, já é pensada inadequadamente...” (Heidegger: 2010, p. 221. Grifo meu) (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Dialética e diálogo: A verdade do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 192, ''Dialética em questão I''. Rio de Janeiro,jan.- mar., 2013, p. 9. |
Edição de 22h23min de 5 de Agosto de 2017
1
- Referência é o concreto presencializar-se e presentificar-se da vida (dzoé) em cada ser vivente. É a inaugurabilidade da memória como tempo, do tempo como doação e presentificação do Ser em cada sendo. Portanto, referenciar é levar a possibilidade de ser ao concretizar de originário e plenitude, de limite e não-limite da e na realização. A referência como o vigorar do originário não pode ser reduzida à relação.
2
- O melhor meio de compreender a referência é pensar o aítion grego no seu sentido próprio: causa, enquanto a coisidade da coisa ou essência originária da coisa. É o próprio da causa porque causa é aí o agir próprio da coisidade da coisa. Em toda referência há uma relação numa primeira instância. Mas o que ocasiona o agir da referência não é a relação. A presença do relacionado na relação apenas motiva o agir do próprio em quem se dá a relação. Então, a relação não age de fora sobre o relacionado, provocando nesse agir modificações. Passa a haver uma referência quando a ação é esse aítion que desencadeia o agir do próprio, isto é, leva o causado a se apropriar do que lhe é próprio. Entre Sol e semente, por exemplo. Na presença do calor do sol, a semente, a partir do que lhe é próprio, começa a se desenvolver. A causa do crescimento da semente como tal não está só na presença do sol, mas no aítion, enquanto a essência originária da coisa/semente. Tanto que o mesmo sol pode se fazer presente em duas sementes de árvores diferentes fazendo-as desabrochar. E o que daí resulta são árvores diferentes. Porém, se o sol for muito forte e as queimar, a causa será o sol e em ambas o efeito será o mesmo: serem queimadas igualmente. Nesta caso, a causalidade não é referencial, mas é relacional. A referência provoca um como é interno a partir de o que é. O como é, enquanto atributo, pode ser referencial ou relacional. Na referência, se dá um sendo a partir de si-mesmo. Na relação se dá um sendo a partir de outro. Não podemos esquecer que todo sendo é sempre o que é e o como é.
3
- "A referência diz mais do que a constante relação entre limite e não-limite, entre real e conhecimento nos conceitos e ideias. É por isso que não pode ser reduzida a um conceito relativo, de onde surgiria um possível relativismo inerente às diferentes opiniões ou disciplinas. A relação já parte de posições definidas e assumidas. A referência não, ela vigora no acontecer da realidade instituindo o real como mundo e verdade" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser humano e seus limites". In: MONTEIRO, Maria da Conceição e Outros (org.). Além dos limites - ensaios para o século XXI. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013, p. 229.
4
- "Na conclusão do livro de Heidegger A origem da obra de arte, o pensador-poeta diz: “Na frase “Pôr-em-obra-da verdade”, em que fica indeterminado, porém, determinável de que modo quem ou o que “põe”, vela-se a referência do Ser e da essência humana, e tal referência, nesta formulação, já é pensada inadequadamente...” (Heidegger: 2010, p. 221. Grifo meu) (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Dialética e diálogo: A verdade do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 192, Dialética em questão I. Rio de Janeiro,jan.- mar., 2013, p. 9.