Pecado

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) PAZ, Octavio.''O labirinto da solidão e post.scriptum''. 2.e. Trad. Eliane Zagury. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 186.
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: (1) PAZ, Octavio.'''O labirinto da solidão e post.scriptum'''. 2.e. Trad. Eliane Zagury. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 186.

Edição de 20h41min de 31 de março de 2024

1

"Solidão e pecado original se identificam. E saúde e comunhão voltam a ser termos sinônimos, só que situados num passado remoto. Constituem a idade de ouro, reino vivido antes da história e que talvez possa ser atingido se demolirmos o cárcere do tempo. Nasce assim, com a consciência do pecado, a necessidade da redenção. E esta origina a do redentor" (1).


Referência:
(1) PAZ, Octavio.O labirinto da solidão e post.scriptum. 2.e. Trad. Eliane Zagury. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 186.


Ver também:
*Perdão
*Culpa

2

Culpa é uma palavra que aparece muito, mas de difícil compreensão, quando se tenta defini-la. Diz-se que a culpa resulta de um pecado. Claro, têm significados parecidos, mas essencialmente diferentes, pois pecado diz respeito ao não cumprimento de uma lei ou prescrição religiosa. Deve-se notar que não é em todas as religiões que se fala de pecado. A culpa está sempre ligada ao poder da vontade humana. Embora conheça a interdição de determinada ação, assim mesmo o ser humano a pratica, causando sofrimento em alguém e em si mesmo, aparecendo depois o remorso. A culpa decorre do mal causado e devido à ação da vontade humana. Não podemos esquecer de que também podemos ligar a culpa ou pecado a uma transgressão da lei ético que rege todas as ações humanase que é da essência de todo ser humano. Outro aspecto da culpa está ligado ao sofrimento de quem a pratica. Mais do que externo, este sofrimento é interno e profundo, atingindo o próprio ser de quem a pratica. Acrescente-se que esse sofrimento é misterioso e nos acompanha até nos podermos livrar da culpa. A culpa atua muitas vezes de modo inconsciente. Daí surge a contraface do pecado: a necessidade da confissão (ou análise), provocando um profundo alívio interno, uma vez que há a intervenção de um poder divino. Por todos esses aspectos, essas questões remetem sempre para a essência do agir.
Quanto ao aspecto religioso, deve-se ter em mente que também nele não podemos ofender a Deus, por um motivo simples: Deus é perfeição e jamais o podemos ofender; podemos, sim, ofender a nós mesmos no que cada um de nós tem de divino ou sagrado.


- Manuel Antônio de Castro.