Pôr

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Criou página com '== 1 == : "Caminho de passagens e paragens quer dizer aqui o processo poético de incorporação do que cada ser humano já desde sempre é no...')
(1)
 
Linha 6: Linha 6:
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser, o agir e o humano". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 200.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser, o agir e o humano". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 200.
 +
 +
== 2 ==
 +
: "Quando sei algo acerca de um [[ente]], [[ponho]] um [[saber]] acerca daquilo que o [[ente]] é em si" (1).
 +
 +
: É esse [[pôr]] que precisa [[ser]] [[pensado]] e ele, em geral, não o é. Um dos [[sentidos]] do [[verbo]] ''[[legein]]'', de onde se originou o [[substantivo]] [[verbal]] ''[[logos]]'', é ''[[pôr]]''. E o [[sentido]] de ''[[logos]]'' é [[linguagem]], [[sentido]]. Então o [[pôr]] só acontece na medida em que a temos a a [[linguagem]] [[agindo]], sendo [[impossível]] a [[pergunta]] se não for já no [[vigorar]] da [[linguagem]], o [[sentido do ser]]. Tanto [[pensamento]] quanto ''[[poiesis]]'' se centralizam nessa [[questão]] do [[pôr]].
 +
 +
 +
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
 +
 +
: :  Referência:
 +
 +
:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.

Edição atual tal como 22h23min de 30 de Agosto de 2020

1

"Caminho de passagens e paragens quer dizer aqui o processo poético de incorporação do que cada ser humano já desde sempre é no que lhe é próprio, em sua identidade de diferenças. Por isso, a incorporação pressupõe passagens e paragens. Estas indicam um movimento poético de ascensão e descensão, de desvelamento e velamento, de pôr e depor, que vão dando corpo ao que somos, e este não deve ser confundido com organismo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser, o agir e o humano". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 200.

2

"Quando sei algo acerca de um ente, ponho um saber acerca daquilo que o ente é em si" (1).
É esse pôr que precisa ser pensado e ele, em geral, não o é. Um dos sentidos do verbo legein, de onde se originou o substantivo verbal logos, é pôr. E o sentido de logos é linguagem, sentido. Então o pôr só acontece na medida em que a temos a a linguagem agindo, sendo impossível a pergunta se não for já no vigorar da linguagem, o sentido do ser. Tanto pensamento quanto poiesis se centralizam nessa questão do pôr.


- Manuel Antônio de Castro.
 : Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
Ferramentas pessoais