Originário

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Notas de tradução. In: HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra de arte''. Trad.Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antonio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 226.
:(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Notas de tradução. In: HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra de arte''. Trad.Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antonio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 226.
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: "[[Originário]] significa aqui aquilo a partir de onde e através do que algo [[é]] o que ele [[é]] e como ele [[é]]. A isto o que algo [[é]], como ele é, chamamos sua [[essência]]" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra de arte''. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 35.
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:“[...]: o [[original]] é o que necessita de um marco inicial e ruma para o limite de um ponto final, logo, estabelece-se uma [[relação]] em que o original é o novo, o último produto de uma linha de montagem. Por outro lado, o originário é pincelado pela [[ubiquidade]], ou seja, sem antes ou depois, é o [[entre]] que costura o nunca e o sempre na totalidade do Ser enquanto simultaneamente se realiza nos [[ente|entes]], portanto, enquanto está sendo” (1).
:“[...]: o [[original]] é o que necessita de um marco inicial e ruma para o limite de um ponto final, logo, estabelece-se uma [[relação]] em que o original é o novo, o último produto de uma linha de montagem. Por outro lado, o originário é pincelado pela [[ubiquidade]], ou seja, sem antes ou depois, é o [[entre]] que costura o nunca e o sempre na totalidade do Ser enquanto simultaneamente se realiza nos [[ente|entes]], portanto, enquanto está sendo” (1).

Edição de 20h30min de 10 de Julho de 2017

1

"Não podemos confundir o conceito metafísico de origem com a questão do originário. A origem é causal e linear. O originário não. Ele é como a fonte que alimenta sempre o rio, esteja em que altura estiver a sua correnteza, da nascente à foz. Originária é a Terra, que sempre é a permanente fonte de toda vida e de todos os viventes, inclusive nós seres humanos. Originária é a mulher-mãe ao conceber, gestar e dar à luz um filho. Entre a primeira mulher que deu à luz um filho e a que hoje dá à luz um filho não há diferença nenhuma do ponto de vista de ser mãe-mulher. A mãe-mulher é sempre originária" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poíesis, sujeito e metafísica". In: CASTRO, Manuel Antônio de (org.). A construção poética do real. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004, p. 19.


2

"Originário diz algo bem diferente de origem, pois foge a uma interpretação metafísica. Não se identifica nem com começo nem com causa enquanto essência. Por isso, outra é a compreensão do tempo. É um tempo poético-ontológico que consiste em estar sempre principiando e constituindo realidade. Ele não provém de nenhuma essência essencialista, mas de uma Essência poético-ontológica, que consiste em estar sempre principiando (anfangen) enquanto acontecimento apropriante (Ereignis). Ele é sem fundamento, é Ab-grund, é abissal, é misterioso. É nesse sentido que o alemão diz Ur-sprung: o salto-originário, primordial. Ele não diz, portanto, nenhuma essência essencialista (metafísica). É puro agir, acontecer" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Notas de tradução. In: HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad.Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antonio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 226.

3

"Originário significa aqui aquilo a partir de onde e através do que algo é o que ele é e como ele é. A isto o que algo é, como ele é, chamamos sua essência" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 35.


4

“[...]: o original é o que necessita de um marco inicial e ruma para o limite de um ponto final, logo, estabelece-se uma relação em que o original é o novo, o último produto de uma linha de montagem. Por outro lado, o originário é pincelado pela ubiquidade, ou seja, sem antes ou depois, é o entre que costura o nunca e o sempre na totalidade do Ser enquanto simultaneamente se realiza nos entes, portanto, enquanto está sendo” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 163.