Funcionalidade
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: ''Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão''. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 214. | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: ''Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão''. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 214. | ||
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+ | : "As [[matérias]] e as [[formas]] respondem pelas [[obras de arte]], mas não são determinadas por elas. Elas assinalam muito mais o [[horizonte]] do [[utensílio]] em sua [[utensilidade]], isto é, na sua [[funcionalidade]], vistas na luz do [[desvelar]] da [[obra de arte]]. Por quê? Porque [[causa]] é [[causa]] na medida em que a ela algo se deve: o [[utensílio]] em sua [[utensilidade]]. [[Matéria]] e [[forma]] constituem um servir para, não o que [[é]]. São as [[obras de arte]] que abrem o [[horizonte]] do [[mundo]], onde pode surgir a [[funcionalidade]]" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 281. |
Edição de 15h19min de 21 de Abril de 2018
Tabela de conteúdo |
1
- Funcional é a relação calculável entre causa e efeito, sendo o efeito o fim ou seja a funcionalidade. Há funcionalidade quando algo atinge o seu fim, a sua meta, sendo estas algo que nas causas já estava previsto e até calculado. Não há lugar para o inesperado. Da exatidão desse processo surge a ciência e ela é assegurada pelos cálculos. Desse modo, a arte nunca pode ser funcional ou científica, no sentido de que é impossível prever por qualquer meio o seu operar e, desse modo, as interpretações ou leituras possíveis. Neste horizonte, toda obra de arte ultrapassa o meramente estético e o ideológico.
2
- "Hoje, tudo está dominado pela pesquisa funcional, pela pergunta: Para que serve, qual é a sua função, qual é a sua funcionalidade? A essência da técnica é a funcionalidade enquanto o reduzir a realidade a recursos disponíveis para finalidades objetivas. Ser é estar disponível para exercer funções e finalidades" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 213.
7
- Sentido é o estar a caminho da apropriação. O próprio ou sentido é o isto de cada sendo. A redução de tudo à causalidade e à funcionalidade não está anulando o sentido do próprio ser humano e da realidade? O sentido pode surgir da funcionalidade sem vigência do próprio? A funcionalidade é uma dimensão possível do próprio, mas não se pode reduzir o próprio à mera funcionalidade (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 214.
8
- "As matérias e as formas respondem pelas obras de arte, mas não são determinadas por elas. Elas assinalam muito mais o horizonte do utensílio em sua utensilidade, isto é, na sua funcionalidade, vistas na luz do desvelar da obra de arte. Por quê? Porque causa é causa na medida em que a ela algo se deve: o utensílio em sua utensilidade. Matéria e forma constituem um servir para, não o que é. São as obras de arte que abrem o horizonte do mundo, onde pode surgir a funcionalidade" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. ‘’Arte: o humano e o destino’’. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 281.