Conhecer

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 191.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 191.
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: "O [[horizonte]] [[radical]] do [[ser humano]] é que ele não vive para depois [[conhecer]]. Não. [[Viver]] para ele é já desde sempre [[conhecer]]. Este [[projeto]] [[poético]]-[[ontológica]] do [[empenho]] de [[viver]] com o [[conhecer]] é que faz do [[ser humano]] o livre [[desempenho]] em que diuturnamente se empenha. Não é um [[projeto]] que possa [[acontecer]] ou não, nem que resulte do [[empenho]] de [[conhecer]] através da [[consciência]]. Tal [[projeto]] se doa na [[intuição]] [[originária]]. Esta não é de conteúdo reflexivo. “Ela se dá, sem dúvida, na [[reflexão]], mas não como [[reflexão]]” (Leão, 2006: 10)" (1) (2).
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: Referência:
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A fenomenologia de Edmund Russel e a fenomenologia de Martin Heidegger". In: Revista ''Tempo Brasileiro'' 165, abr.-jun., 2006.
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: (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o ''entre''". Revista ''Tempo Brasileiro'': Rio de Janeiro: ''Interdisciplinaridade: dimensões poéticas'', 164, jan.-mar., 2006, p. 24.

Edição de 13h11min de 8 de Agosto de 2019

1

"Conhecer é dar forma à matéria informada, seja construindo utensílios e objetos, seja construindo conceitos causais explicativos, seja inventando teorias de conhecimento: científicas, ideológicas, estéticas, artísticas etc" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre'". In: Revista Tempo Brasileiro, nº 164. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2006, p. 12.


Ver também:


2

Só o ser diz a partir do que é e aparece. Nós dizemos sempre a partir do que conhecemos daquilo que se nos dá a ver, aparecendo e parecendo. No dizer do ser há sempre o desvelar a partir do velar. Nós só podemos dizer a partir do que se dá como desvelado. E este nos aparece como o conhecemos. O que é é sempre o mesmo, não a mesma coisa, e pertence ao mesmo segundo o mesmo. Isto é incontornável, porque é. O que conhecemos como desvelado é contornável. O grande desafio é dizer no dito e visto e conhecido o não dito, o não visto e o não conhecido, porque isso é que é o digno de ser questionado. Essa é a tarefa e o desafio de pensadores e poetas.


- Manuel Antônio de Castro


3

“Ser o que se conhece é um desafio que nos impulsiona a travar batalhas com o não-saber de todo saber, com o vazio que permite um poema se inscrever em nossas inspirações e, devemos deixar bem claro, esse entusiasmo não se trata de escapismos ou abstrações, ou ainda de mero acaso, mas da apropriação que nos consuma na travessia do que somos” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 98.


4

"Para a ciência tudo é disposição porque a realidade já está disposta e predisposta para a sua intervenção. Cientificamente, conhecer é poder intervir, pois a ciência não trata do que é, só do como é" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 191.


5

"O horizonte radical do ser humano é que ele não vive para depois conhecer. Não. Viver para ele é já desde sempre conhecer. Este projeto poético-ontológica do empenho de viver com o conhecer é que faz do ser humano o livre desempenho em que diuturnamente se empenha. Não é um projeto que possa acontecer ou não, nem que resulte do empenho de conhecer através da consciência. Tal projeto se doa na intuição originária. Esta não é de conteúdo reflexivo. “Ela se dá, sem dúvida, na reflexão, mas não como reflexão” (Leão, 2006: 10)" (1) (2).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A fenomenologia de Edmund Russel e a fenomenologia de Martin Heidegger". In: Revista Tempo Brasileiro 165, abr.-jun., 2006.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164, jan.-mar., 2006, p. 24.