Caminhada

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser e a aparência". In: ---------. ''www.travessiapoetica.blogspot.com''.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser e a aparência". In: ---------. ''www.travessiapoetica.blogspot.com''.
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: "O [[ser humano]] é uma doação da [[linguagem]]. Sempre se movendo na [[linguagem]] em sua ânsia essencial de [[ser]] o [[não-ser]], [[procura]] incessantemente o [[horizonte]] de seu [[mistério]] e [[presença]] como [[escuta]] de sua fala. A [[escuta]] exige de nós uma entrega  e [[caminhada]], que se torna uma [[travessia]], um [[percurso]] de [[iluminação]]. Ela nos leva à fala da sua [[escuta]] para melhor escutá-la. É quando a [[palavra]] se torna o [[vigor]] de seu [[desvelamento]] e [[velamento]] como [[língua]]. Porque a [[palavra]] é o [[vigor]] desse " ''[[entre]]'' " que identifica e diferencia fala e [[silêncio]], [[desvelamento]] e [[velamento]]. E assim surgem algumas das mais importantes [[reflexões]] dos [[pensadores]] " (1). O [[percurso]] de [[iluminação]] nos conduz a uma posse do que somos e recebemos para [[ser]]. Será, portanto, um [[percurso]] [[ontológico]] e não meramente temporal ou espacial. O [[ontológico]] é o [[originário]] de todo [[espaço]] e [[tempo]], de toda [[época]]. No e pelo [[ontológico]] o [[percurso]] como [[caminhada]] é de mergulho na [[memória]], que a tudo preside.
 
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]
 
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser e a aparência". In: ---------. ''www.travessiapoetica.blogspot.com''.
 
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Edição de 16h07min de 30 de Julho de 2018

1

"O ser humano é uma doação da linguagem. Sempre se movendo na linguagem em sua ânsia essencial de ser o não-ser, procura incessantemente o horizonte de seu mistério e presença como escuta de sua fala. A escuta exige de nós uma entrega e caminhada, que se torna uma travessia, um percurso de iluminação. Ela nos leva à fala da sua escuta para melhor escutá-la. É quando a palavra se torna o vigor de seu desvelamento e velamento como língua. Porque a palavra é o vigor desse " entre " que identifica e diferencia fala e silêncio, desvelamento e velamento. E assim surgem algumas das mais importantes reflexões dos pensadores " (1). O percurso de iluminação nos conduz a uma posse do que somos e recebemos para ser. Será, portanto, um percurso ontológico e não meramente temporal ou espacial. O ontológico é o originário de todo espaço e tempo, de toda época. No e pelo ontológico o percurso como caminhada é de mergulho na memória, que a tudo preside.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser e a aparência". In: ---------. www.travessiapoetica.blogspot.com.


2

"Assim precisamos percorrer efetiva e plenamente o círculo. Isto não é nem uma solução passageira nem é uma deficiência. A posição vigorosa é trilhar este caminho e permanecer nele é a festa do pensar, posto que o pensar é um ofício. Não somente o passo principal da obra para a arte assim como o passo da arte para a obra é um círculo, mas cada passo isolado que tentamos dar circula neste círculo" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 39.