Certeza
De Dicionário de Poética e Pensamento
Edição feita às 14h45min de 15 de Junho de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)
1
- "Os atenienses, como a maioria dos homens em todas as épocas, tinham muitas certezas, sem jamais se perguntarem de onde e como tinham surgido tais certezas. Pensavam saber o que era cada uma das coisas, a beleza, a coragem, a justiça, mas quando indagados mais profundamente e mais insistentemente, o ser do seu pretenso saber se diluÃa em uma multiplicidade de palavras desconexas e proposições contraditórias" (1).
- Referência:
- (1) BENOIT, Hector. O nascimento da razão negativa. São Paulo: Moderna, p. 5.
2
- A questão do verdadeiro enquanto proposição adequada entre o dito e a coisa (ente, sendo, to on, real), o que é, gera as certezas e estas anulam o vigorar verbal da dialética de verdade e não-verdade. Estas não são meros atributos, mas o próprio ser se dando e manifestando em tudo que é e não-é. O certo surge da proposição enquanto juÃzo, mas não é necessariamente o verdadeiro, porque este não é um simples atributo de um sujeito, mas o modo como o ser se manifesta e vem ao aparecer. Sem aparecer não pode haver proposição e, portanto, certeza. A certeza é a verdade da proposição, regida pela lógica. Porém, a dinâmica da realidade é mais do que o certo e estático da lógica.
3
- "Como já ressaltamos, tanto na dinâmica clássica quanto na fÃsica quântica, as leis fundamentais exprimem agora possibilidades e não mais certezas. Temos não só leis, mas também eventos que não são dedutÃveis das leis, mas atualizam as suas possibilidades" (1).
- Referência:
- (1) PRIGOGINE, Ilya. "Uma nova racionalidade". In: -------. O fim das certezas. São Paulo: Editora UNESP, 1996, p. 13.