Genos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 22h17min de 4 de Agosto de 2018 por Profmanuel (Discussão | contribs)

Tabela de conteúdo

1

"Proveniência, Platão a designa com a palavra to genos. Geralmente entende-se genos em três níveis:
1o. a proveniência, como tempo, lugar ou condição de nascer;
2o. a origem, como descendência, raça, linhagem ou estirpe;
3o. gênero, espécie, parentesco ou sexo".


- Referência bibliográfica:
- LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Introdução ao Sofista de Platão". In: ------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis (RJ): Daimon Editora, 2010, p. 229.

2

Em Hesíodo, quando narra a “gênese” dos deuses, ou Teo-gonia, o genos é o que se poderia chamar de princípio, mas não de fundamento. Só que este genos não é princípio porque ele se faz presente em todos os “momentos”, até porque não há “momentos” como cronologia. O genos só pode ser considerado princípio no estar sempre principiando. O genos é sempre um acontecer. Só nos podemos referir a ele como “princípio” porque está sempre principiando para além de toda carga genética e dos principiados.


- Manuel Antônio de Castro


3

"A realidade em seu esplendor e diversidade – a phýsis para os gregos – não é apenas essa riqueza admirável, ela também não cessa de mudar, de se renovar, mas também de retornar em sucessivas gerações e estações do ano. Da semente nasce a planta que cresce, dá flores, frutos e sementes, de onde nasce de novo a árvore num círculo poético infinito. O próprio ser humano nasce, cresce e morre, mas renascendo em cada novo nascimento. É o génos: a geração dentro de uma família" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 127.


4

"O mito é julgado e descartado a partir do logos, reduzido à razão. E o mito sempre falou do ser humano como pertencente a um genos (de onde se forma a palavra moderna genética). Indicava uma família, um gênero (formada também de genos), uma etnia. Como família tinha algo em comum, o genos, mas cada um dentro desse genos recebia um quinhão, a sua “cota” no genos da família. O nome para esse quinhão foi e é: Moira. A tradução mais tradicional não é quinhão, mas destino" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 26.
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