Ser humano

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser humano e seus limites". In: MONTEIRO, Maria da Conceição e Outros (org.). ''Além dos limites'' - ensaios para o século XXI. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013, p. 229.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser humano e seus limites". In: MONTEIRO, Maria da Conceição e Outros (org.). ''Além dos limites'' - ensaios para o século XXI. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013, p. 229.
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: "O [[ser humano]], desde Édipo - o [[mito]] imemorial que pensa o [[humano]] no que lhe é [[próprio]] em sua [[essência]] sócio-político-histórica - sempre teve a pretensão de [[ser]] o [[sujeito]] das suas escolhas e [[realizações]]. A [[Moira]] sorri, em [[silêncio]], diante de tais pretensões, deixando-o iludir-se, em seu pseudo-poder racional de dar-se a [[existência]], segundo a [[liberdade]] fundada na sua [[vontade]]. É uma [[ilusão]] que custa caro e gera o [[sofrimento]] de muitos fracassos inúteis" (1).
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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 40.

Edição de 22h39min de 31 de Agosto de 2017

Ser humano, ver também homem, Humano e Ser-com.

Tabela de conteúdo

1

O que o ser humano é não são seus estados e circunstâncias, isto é, sua inserção historiográfica, mas suas possibilidades de e para possibilidades. Isto nos dá vertigem, porque vivemos em cada vivência na atração do abismo do nada, do possível. Mas poderíamos ter riqueza maior? Daí nossa permanente atração pelo nada criativo.


Referência:
CASTRO, Manuel Antonio de. "Ser e estar". In: Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempor Brasileiro, 2011, p. 28.

2

"Para mim o ser humano é uma tremenda criação, um pensamento inconcebível. No ser humano existe tudo, do mais elevado até o mais baixo. O homem é a imagem de Deus e Deus existe em tudo. E assim o ser humano foi criado, mas também os demônios, os santos, os profetas, os artistas e os iconoclastas. Tudo existe lado a lado. É como se fossem desenhos gigantes mudando o tempo inteiro. Da mesma maneira devem existir inúmeras realidades. Não apenas a realidade que percebemos com nossas obtusas sensibilidades, mas um tumulto de realidades arqueando-se uma em cima da outra, por dentro e por fora. É só o medo e o puritanismo que nos leva a acreditar em limites. Não existem limites. Nem para pensamentos nem para sentimentos. A ansiedade é que estabelece os limites (1).


Referência:
BERGMAN, Ingmar. Fala da personagem "Eva", em relação à morte do filho de quatro anos, no filme: Sonata de outono.


3

" O nome, e só o Nome, é decisivo, pois só então o ser humano se constitui em ser humano. Nesta locução "ser humano", o atributo não é o decisivo, como normalmente se pensa. Todo atributo só pode ser atributo se vigorar no e a partir do ser. O humano só chega ao humano quando se deixa dimensionar pelo ser" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 231.


4

"o ser humano em sua Essência é uma doação do Ser. Este, doando-se enquanto pensamento e linguagem, é que possibilita ao ser humano consumar o que é, isto é, conhecer e chegar a conhecer-se nas e fora das disciplinas que são, em última instância, uma doação do Ser, da realidade


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser humano e seus limites". In: MONTEIRO, Maria da Conceição e Outros (org.). Além dos limites - ensaios para o século XXI. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013, p. 229.


5

"O ser humano, desde Édipo - o mito imemorial que pensa o humano no que lhe é próprio em sua essência sócio-político-histórica - sempre teve a pretensão de ser o sujeito das suas escolhas e realizações. A Moira sorri, em silêncio, diante de tais pretensões, deixando-o iludir-se, em seu pseudo-poder racional de dar-se a existência, segundo a liberdade fundada na sua vontade. É uma ilusão que custa caro e gera o sofrimento de muitos fracassos inúteis" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 40.
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