Canto

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Toda [[posição]] é [[posição]] em [[mudança]]. Esta não se resolve numa [[sucessividade]] justaposta. A justaposição de dez mil tijolos ainda não é uma [[casa]]. Esta implica mais do que as suas [[posições]]. Exige em primeiro [[lugar]] o [[vazio]], onde eles poderão ocupar uma [[posição]]. Sem [[vazio]] não há [[posição]]. Sem [[silêncio]] não há [[fala]] nem [[canto]]. Portanto, a [[posição]] exige sempre algo prévio que possibilite [[fazer]] de dez mil tijolos não uma reunião confusa, mas uma [[casa]]: o prévio é o [[sentido]] e o [[mundo]]" (1).
: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 130.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "O [[próprio]] como [[possibilidades]]". In:------.[[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 130.'''
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Edição de 22h20min de 26 de Dezembro de 2024

1

"A experiência numinosa do Canto é a audição de palavras-seres, de palavras-presenças. A Palavra-Presença é a voz múltipla e uníssona das Musas encarnada na voz do aedo, mais do que ouvida é percebida; é vivida e vista na arcaica concretude em que se reúne e se con-fundem o nome e a coisa nomeada" (1).


Referência:
(1) TORRANO, Jaa. "Introdução". In: Teogonia: A origem dos deuses - Hesíodo. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 94.

2

"Toda posição é posição em mudança. Esta não se resolve numa sucessividade justaposta. A justaposição de dez mil tijolos ainda não é uma casa. Esta implica mais do que as suas posições. Exige em primeiro lugar o vazio, onde eles poderão ocupar uma posição. Sem vazio não há posição. Sem silêncio não há fala nem canto. Portanto, a posição exige sempre algo prévio que possibilite fazer de dez mil tijolos não uma reunião confusa, mas uma casa: o prévio é o sentido e o mundo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In:------.Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 130.

3

"As Sereias não são mulheres que sabem e cantam o saber. Elas são simplesmente o saber e o canto. No saber das Sereias se dá o saber como sabor: divino e encantador: “Bem mais instruído prossegue depois de se haver deleitado”. Na palavra cantada não se dá apenas a experiência estética, mas enquanto poética, ela é também ética, ou seja, ontológica. O canto é o próprio e mais profundo saber se manifestando enquanto o que é. As Sereias, propriamente, não cantam algo, são a própria palavra cantada, são a essência da música em seu sentido instaurador de realidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 177.
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