Aprender a pensar
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e pensar: o aprender". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 63. | ||
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+ | : "O máximo da [[aprendizagem]] do [[aprender a pensar]], o que sempre procuramos, o [[penhor]] que procuramos em todos os nossos [[empenhos]], é o [[próprio]], pois este consiste simplesmente em [[saber]] que não-sabemos. Que não-sabemos em tudo que sabemos nos convida e impulsiona para o [[saber]] do [[nada]], [[fonte]] inesgotável da [[vida]] de cada e de todos os [[viventes]]. Eis o [[motivo]] do [[motivo]]. Nesse sentido, o [[próprio]] jamais é o conjunto de [[conhecimentos]] com que se vai constituindo cada [[eu]], acumulando-se em [[máscaras]] – [[persona]] - que encobrem e dificultam a constante [[realização]] das [[possibilidades]] de [[ser]]. [[Ser]] [[próprio]] é o [[aprender]] a [[viver]] enquanto o [[saber]] de saber-se como o a-ser-pensado. Só sabendo [[renunciar]] a todo acúmulo de [[conhecimentos]], pelo [[aprender]] a [[pensar]], é que poderemos saborear o [[nada]], a plena [[liberdade]] do sem [[limites]]" (1). | ||
Edição de 22h40min de 7 de Outubro de 2020
1
- "Aprender a pensar é aprender a ser o que já se é, pois tudo já é possibilidade de vir a ser. Aprender a pensar é, na verdade, aprender a viver a vida que nos foi dada, mas ainda não foi vivida e de qual não temos a menor ideia ou conhecimento do que seja, embora já a sejamos para ser pensada em toda experienciação. Aprender a pensar é aprender no que é o que não-é, é apreender o que não cessa de nos solicitar em diuturna disciplina de abertura e disponibilidade para o possível de nós mesmos e dos outros, de todos os outros" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e pensar: o aprender". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 62.
2
- "O aprender a pensar abre-se, para quem se deixa tomar pelo pensar, como uma grande aventura na qual se dá a experienciação do próprio viver em seu sentido originário. A vida de cada um torna-se uma experienciação do viver e as vivências possíveis acontecem como vias de presentificação e realização da riqueza ilimitada do viver. Aprender a pensar é aprender a questionar incessantemente não só aos outros, mas, sobretudo, a si mesmo. Aquilo que se aprende só se aprende quando acontece dentro de nós, como algo que surge, cresce e se torna presente, constituindo uma riqueza que não para de crescer, porque provém de e retorna para o nada criativo" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e pensar: o aprender". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 63.
3
- "O máximo da aprendizagem do aprender a pensar, o que sempre procuramos, o penhor que procuramos em todos os nossos empenhos, é o próprio, pois este consiste simplesmente em saber que não-sabemos. Que não-sabemos em tudo que sabemos nos convida e impulsiona para o saber do nada, fonte inesgotável da vida de cada e de todos os viventes. Eis o motivo do motivo. Nesse sentido, o próprio jamais é o conjunto de conhecimentos com que se vai constituindo cada eu, acumulando-se em máscaras – persona - que encobrem e dificultam a constante realização das possibilidades de ser. Ser próprio é o aprender a viver enquanto o saber de saber-se como o a-ser-pensado. Só sabendo renunciar a todo acúmulo de conhecimentos, pelo aprender a pensar, é que poderemos saborear o nada, a plena liberdade do sem limites" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e pensar: o aprender". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 63.