Transcendental
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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Edição de 20h37min de 21 de Agosto de 2019
1
- "Dessa maneira, vivemos permanentemente nossa vida à procura, isto é, pro- para diante, para o não-limite e o livre ser. E cura, o cuidado de ser. É, dessa maneira, o atuar da libido essendi (de ser), origem da liberdade plena e do não ficar preso e limitado aos bens e prazeres da libido sentiendi (do sentir). Sem os excluir, necessita também do bem e da beleza, do compreender-se, libido sciendi (do conhecer/ do tomar consciência), do uno e do verdadeiro" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.
2
- Falar dos transcendentais é falar de conversibilidade entre o ser e os quatro transcendentais. Diz Cláudio Hummes: "A conversibilidade. Tudo o que é, porque e enquanto lhe convém ser, é uno, verdadeiro, bom e belo. Disto segue uma conversibilidade: tudo o que é uno, verdadeiro, belo e bom é; tudo o que é, é bom, belo, verdadeiro e uno; os graus e os modos de ser são graus e modos de unidade, beleza, verdade e bondade. A negação de unidade, beleza, verdade e bondade é negação do ser. Não é esta negação que gera o mal? No entanto, esta conversibilidade não implica que a relação dos transcendentais para com o ser seja a mesma que a do ser para com os transcendentais. O ser fundamenta os transcendentais; os transcendentais manifestam e desdobram o ser. Assim o ser tem uma prioridade ontológica – não cronológica – sobre os transcendentais" (1).
- Referência:
- (1) HUMMES, o.f.m. Cláudio. Metafísica. Mímeo. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1963.
3
- "Aristóteles abre o Primeiro Livro da Ética com as palavras: pasa práxis agathou tinos ephiesthai: em toda ação vive um empenho por algum bem" (1). Tendo em vista a conversibilidade dos transcendentais, podemos perfeitamente dizer: em toda ação vive um empenho pelo verdadeiro; em toda ação vive um empenho pelo uno; em toda ação vive um empenho pelo belo. Pois, uno, verdadeiro, bom e belo são conversíveis. Isso é facilmente observável nas vivências de todo ser humano.
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O problema da Poética de Aristóteles". In: -----. Aprendendo a pensar II. Petrópolis R/J: Vozes, 1992, p. 156.