Vazio

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(3)
(4)
Linha 64: Linha 64:
TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. ‘‘A via de Chuang Tzu’’. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.
TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. ‘‘A via de Chuang Tzu’’. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.
 +
 +
 +
 +
== 5 ==
 +
: "Nós ocidentais temos a tendência de [[pensar]] o [[vazio]] como o [[nada]], como algo completamente oco. Mas o [[pensamento]] [[originário]] de [[Chuang Tzu]] nos mostra que o [[vazio]] não é [[vazio]]. É um [[vazio]] cheio de [[possibilidades]], de [[potencialidades]], um [[vazio]] [[pleno]], um [[vazio]]-[[todo]], bem diferente do [[vazio]]-[[nada]] como o [[pensamento]] mecanicista do [[Ocidente]] percebe" (1).
 +
 +
 +
:  Referência:
 +
 +
:  (1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: ''Revista Tempo Brasileiro'', 171 - ''Permanência e atualidade da Poética''. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 164.

Edição de 16h07min de 23 de Agosto de 2018

Tabela de conteúdo

1

"Vejamos três pontos de diferentes tamanhos. No vazio, é impossível determinar a medida, a representação. Só os três entre si possibilitam determinar uma medida. Nos três pontos, o tamanho é determinado pela relação entre eles e não por eles, em si mesmo, quanto ao tamanho" (1).


 : Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 279.

2

"Trinta raios convergem, no círculo de uma roda
E pelo espaço que há entre eles
Origina-se a utilidade da roda
A argila é trabalhada na forma de vasos
E no vazio origina-se a utilidade deles
Origina-se a utilidade da roda
Abrem-se portas e janelas nas paredes da casa
E pelos vazios é que podemos utilizá-la
Assim, da não-existência vem a utilidade, e
da existência, a posse" (1)


Referência:
(1) LAO TSE. Tao te king - O livro do sentido e da vida. Tradução e Introdução Norberto de Paulo Lima. São Paulo: Hemus Editora, 1983, p. 39.


3

"Numa fossa da vida, quando distamos igualmente da esperança e do desespero, e a banalidade de todo dia estende um vazio onde se nos afigura indiferente se há ou não empenho. Ressoa novamente a questão: a existência se dá sempre como o penhor de todo empenho e desempenho" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aprender e Ensinar". In: -----. Aprendendo a pensar. Petrópolis R/J: Vozes, 1977, p. 45.


4

“A não-ação do sábio não é a inação.
Não é estudada. Coisa alguma a abala.
O sábio é quieto porque não se altera
Não porque ele queira ser quieto”.

....................................................

“O coração do sábio está tranquilo.
É o espelho do céu e da terra.
O espelho de tudo.
É vazio, é quieto, é tranquilo, é sem-sabor
O silêncio, a não-ação: esta é a medida do céu e da terra”.

.........................................................

“Assim, do vazio do sábio surge a quietude:
Da quietude, a ação. Da ação, a realização.
Da sua quietude vem sua não-ação, que é também ação
E é, portanto, sua realização.
Pois a quietude é alegria. A alegria é isenta de preocupações,
Fértil por muitos anos.
A alegria faz tudo despreocupadamente:
O silêncio e a não-ação
Eis a raiz de todas as coisas” (1).

TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. ‘‘A via de Chuang Tzu’’. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.


5

"Nós ocidentais temos a tendência de pensar o vazio como o nada, como algo completamente oco. Mas o pensamento originário de Chuang Tzu nos mostra que o vazio não é vazio. É um vazio cheio de possibilidades, de potencialidades, um vazio pleno, um vazio-todo, bem diferente do vazio-nada como o pensamento mecanicista do Ocidente percebe" (1).


Referência:
(1) ROCHA, Antônio Carlos Pereira Borba. "Diálogo com Chuang Tzu, hoje". In: Revista Tempo Brasileiro, 171 - Permanência e atualidade da Poética. Rio de Janeiro, out.-dez., 2007, p. 164.
Ferramentas pessoais