Narciso
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Metamorfose da narrativa". In: ..... | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Metamorfose]] da [[narrativa]]". In: ..... [[Tempos]] de [[metamorfose]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 65.''' |
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Edição de 22h21min de 11 de Abril de 2025
1
- "Narciso é o “lugar” onde acontece a Verdade, cabe a ele manifestá-la, embora não seja ele a Verdade. O homem busca esta verdade, embora nesta busca atravessada encontre a morte. Ele não é o impulso, o impulso se dá nele. Este impulso o projeta. E é da essência humana estar já e sempre projetado. Sua vida consome-se em prospeccionar" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Literatura brasileira: sob o signo de Narciso”. In: Origens da Literatura Brasileira. Coleção Comunicação 4. Diversos autores. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1979, p. 13.
2
- "Mas todo pensamento tem que ser expresso. Por isso a descida à subjetividade faz ascender o problema da representação. A representação é a contraface da subjetividade. Daí que a subjetividade, o eu coloca imediatamente o problema do outro (alteridade), da alienação e da diferença. Há três pólos: o Eu (identidade), o Outro (diferença) e a Representação (espelho). Os mitos, sempre a melhor forma de colocar as questões essenciais, já desde sempre tinham apreendido essa problemática no mito de Narciso. Por isso, o mito de Narciso será um dos mitos fundadores da modernidade e a narrativa lhe prestará o seu tributo" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Metamorfose da narrativa". In: ..... Tempos de metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 65.
3
- gosto demais da minha vida
- para ficar toda derretida
- pelo próximo homem
- que me deixar com frio na barriga
- quando eu posso me olhar no espelho
- e me tirar o fôlego (1)
- Referência:
- (1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 69.