Narciso

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(1)
(2)
Linha 8: Linha 8:
== 2 ==
== 2 ==
-
: "Mas todo [[pensamento]] tem que ser expresso. Por isso a descida à [[subjetividade]] faz [[ascender]] o [[problema]] da [[representação]]. A [[representação]] é a contraface da [[subjetividade]]. Daí que a [[subjetividade]], o [[eu]] coloca imediatamente o [[problema]] do [[outro]] ([[alteridade]]), da [[alienação]] e da [[diferença]]. Há três pólos: o [[Eu]] ([[identidade]]), o [[Outro]] ([[diferença]]) e a [[Representação]] ([[espelho]]). Os [[mitos]], sempre a melhor [[forma]] de colocar as [[questões]] [[essenciais]], já desde [[sempre]] tinham apreendido essa problemática no [[mito]] de [[Narciso]]. Por isso, o [[mito]] de [[Narciso]] será um dos [[mitos]] [[fundadores]] da [[modernidade]] e a [[narrativa]] lhe prestará o seu tributo" (1).
+
: "Mas todo [[pensamento]] tem que ser expresso. Por isso a descida à [[subjetividade]] faz ascender o [[problema]] da [[representação]]. A [[representação]] é a contraface da [[subjetividade]]. Daí que a [[subjetividade]], o [[eu]] coloca imediatamente o [[problema]] do [[outro]] ([[alteridade]]), da [[alienação]] e da [[diferença]]. Há três pólos: o [[Eu]] ([[identidade]]), o [[Outro]] ([[diferença]]) e a [[Representação]] ([[espelho]]). Os [[mitos]], sempre a melhor [[forma]] de colocar as [[questões]] [[essenciais]], já desde [[sempre]] tinham apreendido essa problemática no [[mito]] de [[Narciso]]. Por isso, o [[mito]] de [[Narciso]] será um dos [[mitos]] [[fundadores]] da [[modernidade]] e a [[narrativa]] lhe prestará o seu tributo" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Metamorfose da narrativa". In: ..... '''Tempos de metamorfose'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 65.
+
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Metamorfose]] da [[narrativa]]". In: ..... [[Tempos]] de [[metamorfose]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 65.'''
== 3 ==
== 3 ==

Edição de 22h21min de 11 de Abril de 2025

1

"Narciso é o “lugar” onde acontece a Verdade, cabe a ele manifestá-la, embora não seja ele a Verdade. O homem busca esta verdade, embora nesta busca atravessada encontre a morte. Ele não é o impulso, o impulso se dá nele. Este impulso o projeta. E é da essência humana estar já e sempre projetado. Sua vida consome-se em prospeccionar" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de.Literatura brasileira: sob o signo de Narciso”. In: Origens da Literatura Brasileira. Coleção Comunicação 4. Diversos autores. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1979, p. 13.

2

"Mas todo pensamento tem que ser expresso. Por isso a descida à subjetividade faz ascender o problema da representação. A representação é a contraface da subjetividade. Daí que a subjetividade, o eu coloca imediatamente o problema do outro (alteridade), da alienação e da diferença. Há três pólos: o Eu (identidade), o Outro (diferença) e a Representação (espelho). Os mitos, sempre a melhor forma de colocar as questões essenciais, já desde sempre tinham apreendido essa problemática no mito de Narciso. Por isso, o mito de Narciso será um dos mitos fundadores da modernidade e a narrativa lhe prestará o seu tributo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Metamorfose da narrativa". In: ..... Tempos de metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 65.

3

gosto demais da minha vida
para ficar toda derretida
pelo próximo homem
que me deixar com frio na barriga
quando eu posso me olhar no espelho
e me tirar o fôlego (1)


Referência:
(1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 69.
Ferramentas pessoais