Poíesis

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(4)
(1)
Linha 1: Linha 1:
__NOTOC__
__NOTOC__
-
==1==
+
== 1 ==
-
:"Também a ''[[phýsis]]'', o surgir e elevar-se por si mesmo, é uma [[produzir|pro-dução]], é ''poíesis''. A ''phýsis'' é até a máxima ''poíesis''. Pois o vigente da ''phýsis'' tem em si mesmo o eclodir da produção. Enquanto o que é pro-duzido pelo artesanato e pela [[arte]], por exemplo, o cálice de prata, não possui o eclodir da pro-dução em si mesmo, mas em um outro, no [[artesão]] e no [[artista]]" (1). Mas o artista só tem em si a ''poíesis'' na medida em que ele é o que ele é no vigorar do ser. A obra de arte opera na medida em que ela contém em si a ''poíesis'', o vigorar da ''phýsis'' enquanto medidação, medida, linguagem.
+
:"Também a ''[[phýsis]]'', o surgir e elevar-se por si mesmo, é uma [[produzir|pro-dução]], é ''[[poíesis]]''. A ''[[phýsis]]'' é até a máxima ''[[poíesis]]''. Pois o vigente da ''[[phýsis]]'' tem em si mesmo o eclodir da [[produção]]. Enquanto o que é pro-duzido pelo artesanato e pela [[arte]], por exemplo, o cálice de prata, não possui o eclodir da pro-dução em si mesmo, mas em um outro, no [[artesão]] e no [[artista]]" (1). Mas o [[artista]] só tem em si a ''[[poíesis]]'' na medida em que ele [[é]] o que ele [[é]] no [[vigorar]] do [[ser]]. A [[obra de arte]] opera na medida em que ela contém em si a ''[[poíesis]]'', o [[vigorar]] da ''[[phýsis]]'' enquanto [[mediação]], [[medida]], [[linguagem]].
-
:Referência:
+
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
-
:(1) HEIDEGGER, Martin. "A questão da técnica". In: ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 16.
 
 +
: Referência:
 +
: (1) HEIDEGGER, Martin. "A questão da técnica". In: ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 16.
== 2 ==
== 2 ==

Edição de 18h32min de 25 de Dezembro de 2018

1

"Também a phýsis, o surgir e elevar-se por si mesmo, é uma pro-dução, é poíesis. A phýsis é até a máxima poíesis. Pois o vigente da phýsis tem em si mesmo o eclodir da produção. Enquanto o que é pro-duzido pelo artesanato e pela arte, por exemplo, o cálice de prata, não possui o eclodir da pro-dução em si mesmo, mas em um outro, no artesão e no artista" (1). Mas o artista só tem em si a poíesis na medida em que ele é o que ele é no vigorar do ser. A obra de arte opera na medida em que ela contém em si a poíesis, o vigorar da phýsis enquanto mediação, medida, linguagem.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A questão da técnica". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 16.

2

Poíesis é o vigorar da mediação como medida de tudo que é e não-é. O vigorar da medida denominou-se em grego lógos, sendo uma tradução possível para o português linguagem. Por isso a poíesis se torna em arte a medida de toda obra uma vez que ela opera o manifestar a realidade e o humano de todo ser humano no e enquanto diálogo.


- Manuel Antônio de Castro


3

A melhor frequentação do silêncio nos advém da poíesis, das produções poéticas. A poíesis é o sentido de toda fala, porque a poíesis é o próprio silêncio vigorando. A poíesis é a sabedoria da fala do silêncio.


- Manuel Antônio de Castro.


4

"A palavra grega “poíesis”, que gerou a palavra portuguesa poesia, em sentido amplo não diz originariamente uma atividade cultural entre outras. Na e pela “poíesis” o próprio real se destina no homem para que este o realize numa plenitude que o próprio real por si não realiza. Na e pela “poíesis”, o próprio real se constitui como linguagem, mundo, verdade, sentido, tempo e história, em qualquer cultura" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.
Ferramentas pessoais