Acontecer poético
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→2) |
(→2) |
||
(uma edição intermediária não está sendo exibida.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | : "O [[real]] inter-relacionamento do [[histórico]] e do [[literário]] necessita da [[história]] da [[literatura]], da história das [[formas]] [[literárias]], da [[história]] das [[funções]] [[literárias]], mas só se realiza na [[história]] [[literária]] e nela é [[possível]]: como [[acontecer]] [[poético]]" (1). | + | : "O [[real]] inter-relacionamento do [[histórico]] e do [[literário]] necessita da [[história]] da [[literatura]], da [[história]] das [[formas]] [[literárias]], da [[história]] das [[funções]] [[literárias]], mas só se realiza na [[história]] [[literária]] e nela é [[possível]]: como [[acontecer]] [[poético]]" (1). |
Linha 10: | Linha 10: | ||
: '''Ver também''' | : '''Ver também''' | ||
- | : [[Acontecer]] | + | :''' [[Acontecer]]''' |
- | : [[Poético]] | + | :''' [[Poético]]''' |
== 2 == | == 2 == | ||
- | : "A [[estética]] não [[funda]]. Pelo contrário, é fundada pela [[poética]], porque esta [[radica]] na [[essência]] do [[agir]]. É a [[essência]] do [[agir]]. É também o que Guimarães [[Rosa]] considera [[ser]] a [[travessia]] – uma tarefa [[poética]] – em '''Grande sertão: veredas'''. “Existe é [[homem]] [[humano]]. [[Travessia]]” (1),(1968, 460). Ela dá-se no [[entre]] de [[nada]] e [[tudo]]. Dando-se no “[[entre]]”, toda nossa tarefa [[poética]], enquanto [[vigorar]] da [[necessidade]], da [[liberdade]] e da [[verdade]], consiste em um [[acontecer poético]], em que no [[ordinário]] se [[dá]] o [[extraordinário]]. “A [[morada]] do [[homem]], o [[extraordinário]]”: | + | : "A [[estética]] não [[funda]]. Pelo contrário, é fundada pela [[poética]], porque esta [[radica]] na [[essência]] do [[agir]]. É a [[essência]] do [[agir]]. É também o que Guimarães [[Rosa]] considera [[ser]] a [[travessia]] – uma tarefa [[poética]] – em '''Grande sertão: veredas'''. “Existe é [[homem]] [[humano]]. [[Travessia]]” (1), (1968, 460). Ela dá-se no [[entre]] de [[nada]] e [[tudo]]. Dando-se no “[[entre]]”, toda nossa tarefa [[poética]], enquanto [[vigorar]] da [[necessidade]], da [[liberdade]] e da [[verdade]], consiste em um [[acontecer poético]], em que no [[ordinário]] se [[dá]] o [[extraordinário]]. “A [[morada]] do [[homem]], o [[extraordinário]]”: [[Ethos]] anthropou daímon ([[Heráclito]]: 1991, 91)" (2) " (3). |
Edição atual tal como 22h24min de 20 de Abril de 2025
1
- "O real inter-relacionamento do histórico e do literário necessita da história da literatura, da história das formas literárias, da história das funções literárias, mas só se realiza na história literária e nela é possível: como acontecer poético" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético - a história literária. Rio de Janeiro: Edições Antares, 2. e., 1982, p. 140.
- Ver também
2
- "A estética não funda. Pelo contrário, é fundada pela poética, porque esta radica na essência do agir. É a essência do agir. É também o que Guimarães Rosa considera ser a travessia – uma tarefa poética – em Grande sertão: veredas. “Existe é homem humano. Travessia” (1), (1968, 460). Ela dá-se no entre de nada e tudo. Dando-se no “entre”, toda nossa tarefa poética, enquanto vigorar da necessidade, da liberdade e da verdade, consiste em um acontecer poético, em que no ordinário se dá o extraordinário. “A morada do homem, o extraordinário”: Ethos anthropou daímon (Heráclito: 1991, 91)" (2) " (3).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 278.
3
- "Moira nunca é uma questão de escolha da vontade, mas uma questão de ser tomado pelo extraordinário e é neste ser possuído que se dá o acontecer poético" (1).
- Referência: