Harmonia
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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| - | : (1) HERÁCLITO. Fragmento 8. In: '''Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito | + | : (1) [[HERÁCLITO]]. Fragmento 8. In: '''Os [[pensadores]] [[originários]] - Anaximandro, Parmênides, [[Heráclito]]. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 61.''' |
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| - | : "[[Harmonia]] é o acordo, a junção operada entre [[diferentes]] [[instâncias]] [[substantivas]], [[entre]] [[instâncias]] [[concretas]], isto é, [[instâncias]] que são capazes de desencadear [[realidade]]. [[Harmonia]] é a junção capaz de | + | : "[[Harmonia]] é o acordo, a junção operada entre [[diferentes]] [[instâncias]] [[substantivas]], [[entre]] [[instâncias]] [[concretas]], isto é, [[instâncias]] que são capazes de desencadear [[realidade]]. [[Harmonia]] é a junção capaz de configurar uma [[unidade]], um [[todo]], um [[discurso]]. Essa [[conversão]] em um [[todo]] é [[composição|com-posição]], isto é, é o por junto, e nessa junção ser capaz de fazer viger [[sentido]], isto é, chegar à [[unidade]]" (1). |
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| - | : (1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético | + | : (1) JARDIM, Antonio. '''[[Música]]: [[vigência]] do [[pensar]] [[poético]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 80.''' |
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| - | : (1) SANTOS, Mário Ferreira dos. ''Pitágoras e o tema do número | + | : (1) SANTOS, Mário Ferreira dos. '''Pitágoras e o [[tema]] do [[número]]. São Paulo: Logos, 1959, p. 72.''' |
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| - | : (1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético | + | : (1) JARDIM, Antonio. '''[[Música]]: [[vigência]] do [[pensar]] [[poético]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 81.''' |
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| - | : (1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético | + | : (1) JARDIM, Antonio. '''[[Música]]: [[vigência]] do [[pensar]] [[poético]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 81.''' |
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| - | : (1) HERÁCLITO. Fragmento 54. In: ''Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito | + | : (1) [[HERÁCLITO]]. Fragmento 54. In: '''Os [[pensadores]] [[originários]] - Anaximandro, Parmênides, [[Heráclito]]. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 73.''' |
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| + | : "De facto, a [[harmonia]] não poderia resultar de [[coisas]] que continuassem opostas, isto é, do agudo e do grave; porque, quem diz [[harmonia]] diz [[consonância]], e quem diz [[consonância]] diz acordo, e o acordo não pode resultar de [[elementos]] opostos que continuassem opostos. A [[harmonia]], por sua vez, não poderia resultar de [[elementos]] opostos, sem terem sido postos de acordo. Tal como a [[harmonia]], o [[ritmo]] forma-se de [[elementos]] inicialmente opostos, as breves e as longas, conjugados" (1). | ||
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| + | : (1) PLATÃO. '''O Simpósio ou O do [[Amor]]. Tradução Revista e Notas: Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1986, p. 45. Discurso de Erixímaco.''' | ||
Edição atual tal como 15h14min de 31 de Dezembro de 2024
1
- Referência:
- (1) HERÁCLITO. Fragmento 8. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 61.
2
- "Harmonia é o acordo, a junção operada entre diferentes instâncias substantivas, entre instâncias concretas, isto é, instâncias que são capazes de desencadear realidade. Harmonia é a junção capaz de configurar uma unidade, um todo, um discurso. Essa conversão em um todo é com-posição, isto é, é o por junto, e nessa junção ser capaz de fazer viger sentido, isto é, chegar à unidade" (1).
- Referência:
3
- "A harmonia é uma resultante do ajustamento de aspectos opostos. A harmonia só pode dar-se onde há oposições qualitativas. Dois iguais não se harmonizam, apenas se ajuntam. Para dar-se harmonia, é necessário que exista a diferença, a distinção" (1).
- Referência:
4
- "A harmonia é a possibilidade de conversão do simples em complexo, e ao mesmo tempo é a conversão do complexo em simples. É desse modo que harmonia constitui temporalidade e espacialidade. Harmonia é a con-junção na unidade. O sentido só se dá nessa con-junção temporal-espacial que a harmonia, por intermédio da memória, é capaz de constituir" (1).
- Referência:
5
- "A harmonia não necessita de intermediação para operar a junção. Ela junta, torna, verte, isto é, faz voltar. Ela dobra, ela com-põe num só, ela traça um elo entre o co-nascido, e o des-co-nascido" (1).
- Referência:
6
- Referência:
- (1) HERÁCLITO. Fragmento 54. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 73.
7
- "De facto, a harmonia não poderia resultar de coisas que continuassem opostas, isto é, do agudo e do grave; porque, quem diz harmonia diz consonância, e quem diz consonância diz acordo, e o acordo não pode resultar de elementos opostos que continuassem opostos. A harmonia, por sua vez, não poderia resultar de elementos opostos, sem terem sido postos de acordo. Tal como a harmonia, o ritmo forma-se de elementos inicialmente opostos, as breves e as longas, conjugados" (1).
- Referência:
- (1) PLATÃO. O Simpósio ou O do Amor. Tradução Revista e Notas: Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1986, p. 45. Discurso de Erixímaco.
