Hylé

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Criou página com '== 1 == : "Na luz desta transparência, os gregos vão formar os dois princípios ontológicos de estruturação da arte e da técnica, e de compreensão, de inteligibilidade, de...')
(1)
 
(2 edições intermediárias não estão sendo exibidas.)
Linha 1: Linha 1:
== 1 ==
== 1 ==
-
: "Na luz desta transparência, os gregos vão formar os dois princípios ontológicos de estruturação da arte e da técnica, e de compreensão, de inteligibilidade, de realização de todo e qualquer real: hylé kai morphé – matéria e forma. São as forças estruturantes de tudo e não somente da arte e da técnica. Ora, a possibilidade de afinar-se, a força de afinação só são possíveis dentro do horizonte ontológico de visão e visibilidade, dentro, i.é, da evidência de um perfil de ser e realizar-se, dentro de eidos e de Idea, como diz Platão. O chamado hilemorfismo não é, pois, para ser entendido, como um processo apenas físico, mas como um processo metafísico de realização universal. Ora, toda metafísica já é sempre superação e afundamento da metafísica. É o sentido da formulação lapidar de Nietzsche: Wer den Grund sucht, geht zu Grunde!" (1).
+
: "Na [[luz]] desta transparência, os [[gregos]] vão formar os dois [[princípios]] [[ontológicos]] de estruturação da [[arte]] e da [[técnica]], e de [[compreensão]], de inteligibilidade, de [[realização]] de todo e qualquer [[real]]: ''hylé kai morphé'' [[matéria]] e [[forma]]. São as forças estruturantes de [[tudo]] e não somente da [[arte]] e da [[técnica]]. Ora, a [[possibilidade]] de afinar-se, a força de afinação só são [[possíveis]] dentro do [[horizonte]] [[ontológico]] de [[visão]] e visibilidade, dentro, i.é, da [[evidência]] de um perfil de [[ser]] e [[realizar-se]], dentro de ''[[eidos]]'' e de ''[[Idea]]'', como diz [[Platão]]. O chamado hilemorfismo não é, pois, para ser entendido, como um [[processo]] apenas físico, mas como um [[processo]] [[metafísico]] de [[realização]] [[universal]]. Ora, toda [[metafísica]] já é [[sempre]] superação e afundamento da [[metafísica]]. É o [[sentido]] da formulação lapidar de [[Nietzsche]]: ''Wer den Grund sucht, geht zu Grunde''!" (1).
-
Ver o ensaio do Emmanuel: A luz na arte grega.
+
 
 +
: Referência:
 +
 
 +
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "VIII - A arte grega". In: ---. '''Filosofia grega - Uma Introdução'''. Teresópolis: Daimon, 2010, p. 85.
 +
 
 +
 
 +
: Para aprofundar a compreensão de ''Hylé'', ver o ensaio do Emmanuel: "IX - A luz na arte grega". In: ---. '''Filosofia grega - Uma Introdução'''. Teresópolis: Daimon, 2010, p. 89.

Edição atual tal como 15h56min de 24 de Junho de 2022

1

"Na luz desta transparência, os gregos vão formar os dois princípios ontológicos de estruturação da arte e da técnica, e de compreensão, de inteligibilidade, de realização de todo e qualquer real: hylé kai morphématéria e forma. São as forças estruturantes de tudo e não somente da arte e da técnica. Ora, a possibilidade de afinar-se, a força de afinação só são possíveis dentro do horizonte ontológico de visão e visibilidade, dentro, i.é, da evidência de um perfil de ser e realizar-se, dentro de eidos e de Idea, como diz Platão. O chamado hilemorfismo não é, pois, para ser entendido, como um processo apenas físico, mas como um processo metafísico de realização universal. Ora, toda metafísica já é sempre superação e afundamento da metafísica. É o sentido da formulação lapidar de Nietzsche: Wer den Grund sucht, geht zu Grunde!" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "VIII - A arte grega". In: ---. Filosofia grega - Uma Introdução. Teresópolis: Daimon, 2010, p. 85.


Para aprofundar a compreensão de Hylé, ver o ensaio do Emmanuel: "IX - A luz na arte grega". In: ---. Filosofia grega - Uma Introdução. Teresópolis: Daimon, 2010, p. 89.
Ferramentas pessoais