Não-finito

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: --------.  ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 129.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: --------.  ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 129.
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: O termo [[horizonte]] provém do verbo grego ''horidzo'' e significa [[limitar]]. Ele diz propriamente [[limite]], mas toda [[experiência]] concreta de [[horizonte]], ou seja, na nossa vida cotidiana e de [[acontecimentos]], já nos diz mais do que o simples [[limite]]. Nos diz do [[homem]] em [[liminaridade]], em estado de limiar, pois é impossível falar de [[limite]] sem ao mesmo tempo e tensionalmente sermos lançados no [[não-limite]]. Isso não nos diz imediatamente a [[palavra]] [[limite]] porque não nos damos conta de que só se pode traçar um [[limite]] enquanto [[possibilidade]] efetiva dada pelo [[não-limite]], o [[limite]] é uma oferta do [[não-limite]], na medida em que se dando e podendo [[ser]] posto e pro-posto como [[limite]] se retira e retrai como [[não-limite]]. Este retraimento é toda [[possibilidade]] do [[limite]] se afirmar como [[limite]], de tal maneira que o que é [[próprio]] do [[limite]] é o [[não-limite]], do qual e a partir do qual ele se pode mostrar como o que ele [[é]].
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 08h27min de 15 de Setembro de 2017

1

" O on traz em si a ambiguidade da referência do ser à essência do ser humano, do limite e do não-limite, pois todo ser humano enquanto este e aquele humano é limite, e enquanto ser é não-limite (1). A palavra latina para limite é finis (fim) , de onde se origina a palavra portuguesa finito. Aquilo que é sem limite, ou seja, não-limite, é o sem finis.


- Manuel Antônio de Castro


 : Referência bibliográfica:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 129.


2

O termo horizonte provém do verbo grego horidzo e significa limitar. Ele diz propriamente limite, mas toda experiência concreta de horizonte, ou seja, na nossa vida cotidiana e de acontecimentos, já nos diz mais do que o simples limite. Nos diz do homem em liminaridade, em estado de limiar, pois é impossível falar de limite sem ao mesmo tempo e tensionalmente sermos lançados no não-limite. Isso não nos diz imediatamente a palavra limite porque não nos damos conta de que só se pode traçar um limite enquanto possibilidade efetiva dada pelo não-limite, o limite é uma oferta do não-limite, na medida em que se dando e podendo ser posto e pro-posto como limite se retira e retrai como não-limite. Este retraimento é toda possibilidade do limite se afirmar como limite, de tal maneira que o que é próprio do limite é o não-limite, do qual e a partir do qual ele se pode mostrar como o que ele é.


- Manuel Antônio de Castro
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