Não finitude

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: A [[não finitude]] se torna para a [[condição humana]] o [[horizonte]] em que desponta e vigora o [[possível]]. E este remete para a [[essência]] da [[condição humana]], pois nos joga no [[jogo]] [[infinito]] de [[vida]] e [[morte]]. E se julgamos que no final quem vence o jogo é a [[morte]], esquecemos que esta jamais se dá a [[conhecer]], pois ela nos joga no [[jogo]] do [[mistério]]. E deste só podemos [[dizer]] o que não pode ser dito nem denominado. Mas para [[apreender]] e [[compreender]] o [[mistério]] do [[horizonte]] da [[morte]] o [[ser humano]] criou o [[mito]] de ''[[Cura]]'', remetendo-nos para aquilo que define o [[humano]] de todo [[ser humano]] em sua [[condição humana]]: somos essencialmente ''[[cura]]'', [[cuidado]].  
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição atual tal como 09h06min de 8 de Setembro de 2017

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A não finitude se torna para a condição humana o horizonte em que desponta e vigora o possível. E este remete para a essência da condição humana, pois nos joga no jogo infinito de vida e morte. E se julgamos que no final quem vence o jogo é a morte, esquecemos que esta jamais se dá a conhecer, pois ela nos joga no jogo do mistério. E deste só podemos dizer o que não pode ser dito nem denominado. Mas para apreender e compreender o mistério do horizonte da morte o ser humano criou o mito de Cura, remetendo-nos para aquilo que define o humano de todo ser humano em sua condição humana: somos essencialmente cura, cuidado.


- Manuel Antônio de Castro
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