Filósofo
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : "Diversos são os usos que o bom senso atribui às [[palavras]] [[Filósofo]], [[Filosofia]] e [[filosofar]]. Assim se diz que alguém é [[filósofo]] quando encara com [[serenidade]] tudo que acontece, descobrindo os [[limites]] positivos e negativos de todas as [[coisas]] e [[causas]], de todos os feitos e [[fados]]. [[Filósofo]] é quem, na [[liberdade]] da [[vida]], conserva o humor e a [[ironia]] do [[espírito]] diante de qualquer [[situação]]" (1). | + | : "Diversos são os usos que o [[bom]] senso atribui às [[palavras]] [[Filósofo]], [[Filosofia]] e [[filosofar]]. Assim se diz que alguém é [[filósofo]] quando encara com [[serenidade]] tudo que acontece, descobrindo os [[limites]] positivos e negativos de todas as [[coisas]] e [[causas]], de todos os feitos e [[fados]]. [[Filósofo]] é quem, na [[liberdade]] da [[vida]], conserva o [[humor]] e a [[ironia]] do [[espírito]] diante de qualquer [[situação]]" (1). |
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- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições da filosofia". In: Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "[[Definições]] da [[filosofia]]". In: Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo brasileiro, 130 / 131, jul.-dez., 1997, p. 146.''' |
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- | : "Agora podes ir ter com Lísias e dizer-lhe que descemos à [[fonte]] e ao santuário das | + | : "Agora podes ir ter com Lísias e dizer-lhe que descemos à [[fonte]] e ao santuário das Ninfas e, aqui, fomos ouvintes de [[discursos]], tendo sido encarregados da seguinte tarefa: dirigirmo-nos igualmente a [[Homero]] ou a qualquer outro [[poeta]], [[autor]] de [[poemas]] destinados a nunca serem cantados; e, finalmente, dirigirmo-nos ainda a Sólon e a todos os oradores [[políticos]], para lhes transmitirmos a seguinte [[mensagem]]: - ''Se possuís o [[conhecimento]] da [[verdade]] e sois capazes de a defender, se podeis ir, de [[viva]] [[voz]], além do que escrevestes nos vossos [[discursos]], a designação de [[retóricos]] não vos fica [[bem]], pois [[melhor]] vos ficará uma denominação consentânea com a [[arte]] superior a que vos dedicais'''. |
- | : | + | : [[Fedro]] - E que designação lhes pretendes dar? |
- | : | + | : [[Sócrates]] - A designação de [[sábio]], [[Fedro]], parece-me excessiva, pois não se aplica senão aos [[deuses]]; mas a designação de '''[[filósofo]]''', ou qualquer outro [[adjetivo]] [[análogo]], seria mais apropriada para classificar tais [[personalidades]]" (1). |
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- | : (1) PLATÃO. ''Fedro | + | : (1) [[PLATÃO]]. '''[[Fedro]]. 5. e. Trad. Pinharanda Gomes. Texto [[grego]] estabelecido por Léon Robin, Paris, Les Belles Lettres, 1966. Lisboa: Guimarães Editores, 1994, p. 128, 278 b.''' |
Edição atual tal como 22h06min de 23 de Maio de 2025
1
- "O pensador em tudo e, sobretudo, vive o não saber. Pois pensar não é saber. É não saber. Quando se pensa não se pretende saber, e quando se pretende saber, não se pensa. Desde o Poema de Parmênides, o pensador-filósofo é aquele que não cessa de questionar as raízes em que se encontram e desencontram, numa encruzilhada da verdade, os caminhos do ser, do não ser e do parecer" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A história na filosofia grega". In: ------. Filosofia grega - uma introdução] Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 20.
2
- "Diversos são os usos que o bom senso atribui às palavras Filósofo, Filosofia e filosofar. Assim se diz que alguém é filósofo quando encara com serenidade tudo que acontece, descobrindo os limites positivos e negativos de todas as coisas e causas, de todos os feitos e fados. Filósofo é quem, na liberdade da vida, conserva o humor e a ironia do espírito diante de qualquer situação" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições da filosofia". In: Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo brasileiro, 130 / 131, jul.-dez., 1997, p. 146.
3
- "Agora podes ir ter com Lísias e dizer-lhe que descemos à fonte e ao santuário das Ninfas e, aqui, fomos ouvintes de discursos, tendo sido encarregados da seguinte tarefa: dirigirmo-nos igualmente a Homero ou a qualquer outro poeta, autor de poemas destinados a nunca serem cantados; e, finalmente, dirigirmo-nos ainda a Sólon e a todos os oradores políticos, para lhes transmitirmos a seguinte mensagem: - Se possuís o conhecimento da verdade e sois capazes de a defender, se podeis ir, de viva voz, além do que escrevestes nos vossos discursos, a designação de retóricos não vos fica bem, pois melhor vos ficará uma denominação consentânea com a arte superior a que vos dedicais'.
- Fedro - E que designação lhes pretendes dar?
- Sócrates - A designação de sábio, Fedro, parece-me excessiva, pois não se aplica senão aos deuses; mas a designação de filósofo, ou qualquer outro adjetivo análogo, seria mais apropriada para classificar tais personalidades" (1).
- Referência: