Estruturar
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
|||
(uma edição intermediária não está sendo exibida.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | :O estruturar diz do juntar, agregar com ordem, do ordenar (donde construir algo, por exemplo, uma casa que é a [[vigência]] do [[sentido]] do [[vazio]], onde moramos; | + | : O estruturar diz do juntar, agregar com ordem, do ordenar (donde construir algo, por exemplo, uma casa que é a [[vigência]] do [[sentido]] do [[vazio]], onde moramos; instruir etc.). A face visível da [[ordenação]] se dá como [[instituição]] (''in + stare''), ou seja, a emergência do "lugar de um grupo social" como [[espaço]] e [[tempo]] tem a sua face visível nas [[instituições]]. Estas têm no [[poder]] a força de sua [[vigência]]. É um [[poder]] que não lhes é externo, mas que brota do [[vigor]] das [[instituições]], enquanto força de [[estruturação]] do "[[lugar]] de um grupo social". [[Lugar]] é o [[sentido]] do [[agir]] e transformar da [[realidade]], ou seja, o [[lugar]] é a [[instituição]] do [[mundo]] e [[verdade]] da [[linguagem]], força de constituição do [[ser]] do [[ser humano]]. Daí falar-se em ''[[estrutura]]'' das [[línguas]], ser impossível sem o [[vigorar]] do [[sentido]] e [[verdade]] da [[linguagem]], [[morada]] do [[ser]]. Por isso, cada [[língua]] viva não pode ser reduzida a um [[código]] [[formal]], meramente estrutural, falta-lhe considerar a [[língua]] como um [[processo]] contínuo de atuação e [[transformação]]. Quanto às denominadas ''línguas mortas'', não podemos esquecer que elas não cessam de provocar diferentes [[interpretações]] em suas [[obras]] e [[textos]]. |
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] |
Edição atual tal como 21h49min de 12 de março de 2025
1
- O estruturar diz do juntar, agregar com ordem, do ordenar (donde construir algo, por exemplo, uma casa que é a vigência do sentido do vazio, onde moramos; instruir etc.). A face visível da ordenação se dá como instituição (in + stare), ou seja, a emergência do "lugar de um grupo social" como espaço e tempo tem a sua face visível nas instituições. Estas têm no poder a força de sua vigência. É um poder que não lhes é externo, mas que brota do vigor das instituições, enquanto força de estruturação do "lugar de um grupo social". Lugar é o sentido do agir e transformar da realidade, ou seja, o lugar é a instituição do mundo e verdade da linguagem, força de constituição do ser do ser humano. Daí falar-se em estrutura das línguas, ser impossível sem o vigorar do sentido e verdade da linguagem, morada do ser. Por isso, cada língua viva não pode ser reduzida a um código formal, meramente estrutural, falta-lhe considerar a língua como um processo contínuo de atuação e transformação. Quanto às denominadas línguas mortas, não podemos esquecer que elas não cessam de provocar diferentes interpretações em suas obras e textos.