Trindade
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) PESSANHA, José Américo Motta (Consultor). '''Santo Agostinho - Vida e Obra | + | : (1) PESSANHA, José Américo Motta (Consultor). '''Santo Agostinho - [[Vida]] e [[Obra]]. Confissões - De Magistro. Coleção: Os [[Pensadores]]. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. XVIII.''' |
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- | : "O [[papel]] físico e [[metafísico]] do [[Três]] era reconhecido no [[Antigo Egito]], pois cada [[unidade]] é uma força tripla e tem uma [[natureza]] | + | : "O [[papel]] físico e [[metafísico]] do [[Três]] era reconhecido no [[Antigo Egito]], pois cada [[unidade]] é uma força tripla e tem uma [[natureza]] dupla. Isto era eloquentemente ilustrado em seus [[textos]] e [[tradições]], onde o '''neter''' ([[deus]]) autoconcebido, '''Atum''', cuspiu '''Shu''' e '''Tefnut''', colocou seus braços ao redor deles e seu '''ka''' os penetrou, para tornar-se '''[[Um]]''' novamente. É o [[Três]] que é Dois que é [[Um]]. Esta [[ação]] deu [[origem]] à Primeira [[Trindade]], a primeira [[fundação]], o que está claro no ''Papiro Bremner-Rhind''. |
: ''Depois de me tornar um '''neter''' ([[deus]]), havia [então] [[três]] '''neteru''' ([[deuses]]) além de mim [isto é, '''Atum''', '''Shu''' e '''Tefnut''']'' " (1). | : ''Depois de me tornar um '''neter''' ([[deus]]), havia [então] [[três]] '''neteru''' ([[deuses]]) além de mim [isto é, '''Atum''', '''Shu''' e '''Tefnut''']'' " (1). | ||
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- | : (1) GADALLA, Moustafa. "A Triangulação da Criação". In: | + | : (1) GADALLA, Moustafa.''' "A Triangulação da [[Criação]]". In: ---. [[Cosmologia]] [[egípcia]] - o [[universo]] animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 45.''' |
Edição atual tal como 20h21min de 26 de janeiro de 2025
1
- "Que esse Bem é, ao mesmo tempo, e igualmente, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e que, necessariamente, os três são uma unidade que é o total e sumo Bem" (1).
- Na Trindade Nada falta porque é o Nada Criativo. Por isso, é o Total e Sumo Bem.
- Referência:
- (1) ANSELMO, Santo. "Cap. XXIII". In: Proslógio. Coleção: Os Pensadores. Santo Anselmo - Abelardo. São Paulo: Abril Cultural, 2. e., 1979, p. 118.
2
- "Agostinho concebe a unidade divina não como vazio e inerte, mas como plena, viva e guardando dentro de si a multiplicidade. Deus compreende três pessoas iguais e consubstanciais: Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai é a essência divina em sua insondável profundidade; o Filho é o verbo, a razão ou a verdade, através da qual Deus se manifesta; o Espírito Santo é o amor, mediante o qual Deus dá nascimento a todos os seres" (1).
- Referência:
- (1) PESSANHA, José Américo Motta (Consultor). Santo Agostinho - Vida e Obra. Confissões - De Magistro. Coleção: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. XVIII.
3
- "O papel físico e metafísico do Três era reconhecido no Antigo Egito, pois cada unidade é uma força tripla e tem uma natureza dupla. Isto era eloquentemente ilustrado em seus textos e tradições, onde o neter (deus) autoconcebido, Atum, cuspiu Shu e Tefnut, colocou seus braços ao redor deles e seu ka os penetrou, para tornar-se Um novamente. É o Três que é Dois que é Um. Esta ação deu origem à Primeira Trindade, a primeira fundação, o que está claro no Papiro Bremner-Rhind.
- Depois de me tornar um neter (deus), havia [então] três neteru (deuses) além de mim [isto é, Atum, Shu e Tefnut] " (1).
- Referência:
- (1) GADALLA, Moustafa. "A Triangulação da Criação". In: ---. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 45.