Duplo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"O duplo não representa absolutamente nada de [[material]], mas está situado no reino do [[desejo]], naquilo que não sou, mas busco ser, porque sempre fui. É um [[estar]] e [[ser]], algo que se mostra e se oculta. Por fim, é uma [[representação]] que se faz através do apagamento, do [[simulacro]]" (1)
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: "O duplo não representa absolutamente nada de [[material]], mas está situado no reino do [[desejo]], naquilo que não sou, mas busco ser, porque sempre fui. É um [[estar]] e [[ser]], algo que se mostra e se oculta. Por fim, é uma [[representação]] que se faz através do apagamento, do [[simulacro]]" (1)
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:(1) MONTEIRO, Maria Conceição. ''Figurações das paixões nas literaturas de língua inglesa''. Rio de Janeiro: Eduerj, 2013, p. 144.
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: (1) MONTEIRO, Maria Conceição. ''Figurações das paixões nas literaturas de língua inglesa''. Rio de Janeiro: Eduerj, 2013, p. 144.
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: "O [[mundo]] como o conhecemos - desde a menor [[partícula]] até o maior [[planeta]] -, é mantido em [[equilíbrio]] por uma [[lei]] baseada na [[natureza]] [[dualista]] equilibrada de [[todas]] as [[coisas]]. Sem o [[equilíbrio]] [[entre]] as duas [[forças]] [[opostas]] não haveria a [[criação]], isto é, não existiria o [[Universo]]. Por exemplo, as galáxias basicamente estão [[sujeitas]] a duas [[forças]] [[opostas]]: 1) as [[forças]] de expulsão - resultantes dos efeitos do ''Big Bang'', através das quais [[todas]] as galáxias movem-se para longe de nós - e 2) as [[forças]] gravitacionais, que puxam as galáxias umas contra as [[outras]]" (1). Essas duas [[forças]] ou [[energias]] não [[constituem]] também o [[princípio]] [[vital]], [[fundado]] pelo [[masculino]] e pelo [[feminino]]? Penso que sim.
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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: (1) GADALLA, Moustafa. "O mais religioso". In: ------. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 87.

Edição de 16h01min de 20 de Setembro de 2019

1

Só pode haver duplo onde se reduz o acontecer do ser à substantivação causal. No não-causal e verbal o ser nos advém como dobra. A dobra se dá no vigorar do eu e do tu enquanto desdobrarmento e doação do ser, desdobramento de pensar e ser (ver sentença III de Parmênides). No vigorar da dobra é que acontece a aletheia, a verdade. Por isso ela será sempre um entre, um diálogo de ser e pensar, no exercício concreto do krinein, do criticar originário. Krinein diz então o vigorar do sentido do ser no dar-se e destinar-se enquanto verdade. Nesse sentido poético, a crítica não é um exercício epistemológico-racional, mas ontológico. No conhecer epistemológico-racional não acontece ser porque só temos a sua representação causal e substantiva, isto é, dual. O modelo pressupõe o dual, ao passo que a dobra se funda na matriz.


- Manuel Antônio de Castro


2

"O duplo não representa absolutamente nada de material, mas está situado no reino do desejo, naquilo que não sou, mas busco ser, porque sempre fui. É um estar e ser, algo que se mostra e se oculta. Por fim, é uma representação que se faz através do apagamento, do simulacro" (1)


(1) MONTEIRO, Maria Conceição. Figurações das paixões nas literaturas de língua inglesa. Rio de Janeiro: Eduerj, 2013, p. 144.


3

"O mundo como o conhecemos - desde a menor partícula até o maior planeta -, é mantido em equilíbrio por uma lei baseada na natureza dualista equilibrada de todas as coisas. Sem o equilíbrio entre as duas forças opostas não haveria a criação, isto é, não existiria o Universo. Por exemplo, as galáxias basicamente estão sujeitas a duas forças opostas: 1) as forças de expulsão - resultantes dos efeitos do Big Bang, através das quais todas as galáxias movem-se para longe de nós - e 2) as forças gravitacionais, que puxam as galáxias umas contra as outras" (1). Essas duas forças ou energias não constituem também o princípio vital, fundado pelo masculino e pelo feminino? Penso que sim.


- Manuel Antônio de Castro.


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O mais religioso". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 87.
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