Som
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: (1) BEAINI, Thais Curi. ''A Memória, Medida Ontológica do Cosmos''. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 19. | : (1) BEAINI, Thais Curi. ''A Memória, Medida Ontológica do Cosmos''. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 19. | ||
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+ | : "...os [[textos]] egípcios da [[criação]] enfatizam repetidamente a [[crença]] sobre a [[criação]] por meio da [[Palavra]]. Descobrimos no ''Livro da Vaca Divina'' (encontrado no túmulo de Tut-Ankh-Amen), que '''[[Ra]]''' cria os céus e seus anfitriões simplesmente ao pronunciar algumas [[palavras]] cujo [[som]] evoca os [[nomes]] das [[coisas]] - que surgem respondendo ao seu chamado. Quando seu [[nome]] é pronunciado, a [[coisa]] se torna um [[ser]], pois o [[nome]] é uma [[realidade]], a [[própria]] [[coisa]]. Em outras [[palavras]], cada [[som]] particular tem/[[é]] sua [[forma]] correspondente..." (1). | ||
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+ | : (1) GADALLA, Moustafa. "Tehuti, a Língua Divina". In: -----. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 72. |
Edição de 22h06min de 2 de Setembro de 2019
1
- "Inúmeros relatos das mais diversas culturas do homem primitivo explicam esta passagem do Não-Ser ao Ser por intermédio do som. Há, pois, uma essência sonora em tudo o que, vindo-a-ser, é. Este dado garante a harmonia da totalidade do real, isto é, do Cosmos, disposto por um deus" (1). Há aí um dado ao qual a autora não faz referência que é a essência da sonoridade como sentido: o Logos. Este é a fonte de todo e qualquer sentido. Só o ser humano não apenas escuta e emite sons, ele lhes dá sentido, uma vez que o Logos o diferencia de todas as demais criaturas. A essência do Homem é o Logos. Só o ser humano faz do som uma sinfonia e outras criações musicais. O som com sentido é a música.
- Referência:
- (1) BEAINI, Thais Curi. A Memória, Medida Ontológica do Cosmos. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 19.
2
- "...os textos egípcios da criação enfatizam repetidamente a crença sobre a criação por meio da Palavra. Descobrimos no Livro da Vaca Divina (encontrado no túmulo de Tut-Ankh-Amen), que Ra cria os céus e seus anfitriões simplesmente ao pronunciar algumas palavras cujo som evoca os nomes das coisas - que surgem respondendo ao seu chamado. Quando seu nome é pronunciado, a coisa se torna um ser, pois o nome é uma realidade, a própria coisa. Em outras palavras, cada som particular tem/é sua forma correspondente..." (1).
- Referência:
- (1) GADALLA, Moustafa. "Tehuti, a Língua Divina". In: -----. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 72.