Nous
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : "O que se dá a [[ver]] é, para os gregos, a ''[[physis]]''; para nós, a [[realidade]]. Para mostrar o que se dá a [[ver]] (a [[realidade]], a ''[[physis]]''), o [[ser humano]] recebe da própria ''[[physis]]'' duas [[dimensões]] que o constituem, circunscrevem e determinam: o [[pensamento]] (''[[nous]]'', em grego) e a [[linguagem]] (''[[logos]]'', em grego). O ''[[nous]]'' é o [[pensamento]] que permite [[ver]] o não visto. E este pode ser dito enquanto [[sentido]] e [[mundo]] porque somos constituídos pelo ''[[logos]]'', a [[linguagem]]. É o ''[[nous]]'' e o ''[[logos]]'', na [[vigência]] da ''[[poiesis]]'' da [[realidade]], que constituem o seu [[sentido]] e [[mundo]], manifestados nos [[paradigmas]]. Chamamos ''[[poiesis]]'' a [[permanência]] e [[transformação]] da [[realidade]], daí ser ela [[originária]] e radicalmente [[poética]]" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista ''Tempo Brasileiro'', 201/202 - ''Globalização, pensamento e arte''. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 19. |
Edição de 15h57min de 27 de Agosto de 2018
1
- "Aqui, retomo a questão da lógica e da palavra que lhe dá origem: o logos. Há uma outra palavra grega que faz uma dobra com logos e que, normalmente, não é pensada nem trazida ao pensamento: nous. Formada do verbo noein, significa: pensar; saber por ter visto. Daí a tradução antiga e sempre atual de nous ser intellectus: intelecto, pensamento, inteligência e não meramente razão" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Diálogos trans- e a questão do humano". In: http://travessiapoetica.blogspot.com.
2
- "O que se dá a ver é, para os gregos, a physis; para nós, a realidade. Para mostrar o que se dá a ver (a realidade, a physis), o ser humano recebe da própria physis duas dimensões que o constituem, circunscrevem e determinam: o pensamento (nous, em grego) e a linguagem (logos, em grego). O nous é o pensamento que permite ver o não visto. E este pode ser dito enquanto sentido e mundo porque somos constituídos pelo logos, a linguagem. É o nous e o logos, na vigência da poiesis da realidade, que constituem o seu sentido e mundo, manifestados nos paradigmas. Chamamos poiesis a permanência e transformação da realidade, daí ser ela originária e radicalmente poética" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 19.