Poeta

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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Edição de 14h43min de 9 de janeiro de 2014

1

“Poeta é quem corresponde mortalmente com a linguagem num libertar-se que é sempre um desdobramento de amor, vida e morte: questões fundamentais na articulação com uma liberdade que tanto liberta quanto aprisiona. Pois estar no mundo é estar lançado na impossibilidade de uma escolha unilateral. É estar rasgado, crivado e cravado pela circularidade ontológica de ser, existindo num festejo de velo e desvelo simultâneos da realidade” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 47.


2

“[...] o poeta canta o que o atravessa, o que atordoa sua visão, o que rompe em sua pele furúnculos de exaltação naquilo que o constitui corporalmente. É nesse sentido que o histórico se faz vigente, que o canto de um poeta dilacera a cronologia linear na qual apenas se acumulam dados informativos” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 49.


3

“[...] um poeta é sempre um outro sendo ele mesmo naquilo que o diferencia enquanto humano e enquanto homem ferido pelo operar da arte” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 79.


4

“[...] o poeta é um arremesso no imprevisto do real, compondo a sinfonia das diferentes maneiras de percepção da realidade. Os sentidos nos enganam, e se forem merecedores do foco de atenção no ato da construção poética, teremos uma redução da poesia à atuação subjetiva do poeta. Não é isso que ocorre e nem é o que propomos, mas inegavelmente o poeta faz parte do bojo tensional que o real apresenta em sua manifestação” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 108.


5

“[...] o poeta é iluminado e tocado pelo canto musal, subverte rastros de cronologia, a fim de evidenciar a condição humana: essência de todo poetar, pois a dança da linguagem na composição de qualquer manifestação artística tem inevitavelmente como fundo o homem enquanto questão” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 154.
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