Noite
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→3) |
||
Linha 27: | Linha 27: | ||
: - (1) HEIDEGGER, Martin. ''Serenidade''. Lisboa: Instituto Piaget, s/d, p. 69. | : - (1) HEIDEGGER, Martin. ''Serenidade''. Lisboa: Instituto Piaget, s/d, p. 69. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | |||
+ | == 4 == | ||
+ | : "A noite não é o [[silêncio]] apático. Nela a [[vida]] latente tem todas as vozes da [[realidade]] se realizando em [[silêncio]]. A noite é o [[silêncio]] em sua concentração máxima de fala. É tanta fala que não temos ouvidos para [[ouvir]]. Só a [[loucura]] ou desrazão calma e acolhedora abre nossos ouvidos para a [[musicalidade]] da noite. [[Musicalidade]] é promessa de [[patência]] na [[latência]]. Esta é a [[potência]] de toda [[obra de arte]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 258. |
Edição de 21h32min de 22 de Outubro de 2016
1
- "A Noite como substância do tempo é tranquila e tem lugar no repouso. No repouso os seres manifestam as características dos seus elementos. A Noite oferece a diretriz, pois ela figura como uma norma de procedimento que traça o seu poder. Ela tem o seu princípio, ela serve como base, tem seu papel fundamental no seu domínio. Tem o poder de manifestar ao pronunciar, na sua força noturna. A Noite tem a dimensão de mundo, a capacidade de reinar e rigorosamente comandar a existência" (1).
- Referência:
- (1) GROETAERS, Elenice. A poética da noite em Vinicius de Moraes. São Paulo: Scortecci, 2007, p. 56.
2
- "A noite é uma grande demora" (1).
- Referência:
- (1) ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas, 6. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968, p. 157.
3
- "P - Para a criança no Homem, a noite permanece a aproximadora / costureira (Näherin) das estrelas.
- E - Ela junta sem costura, bainha, nem linha.
- I - Ela é a costureira / aproximadora porque só trabalha com a proximidade" (1).
- Referência bibliográfica:
- - (1) HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Piaget, s/d, p. 69.
4
- "A noite não é o silêncio apático. Nela a vida latente tem todas as vozes da realidade se realizando em silêncio. A noite é o silêncio em sua concentração máxima de fala. É tanta fala que não temos ouvidos para ouvir. Só a loucura ou desrazão calma e acolhedora abre nossos ouvidos para a musicalidade da noite. Musicalidade é promessa de patência na latência. Esta é a potência de toda obra de arte" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 258.