Futuro

De Dicionário de Poética e Pensamento

(Diferença entre revisões)
 
(4 edições intermediárias não estão sendo exibidas.)
Linha 1: Linha 1:
== 1 ==
== 1 ==
-
: O [[futuro]] é o possível do [[passado]] que pode se tornar [[presente]]. Ele se torna [[presente]] quando o não-dito do que foi dito é dito. O [[futuro]] tem sempre como [[horizonte]] o [[passado]] com quem dialoga, trazendo ao [[presente]] o que não se delimita no [[horizonte]] e é sua potencialidade, enquanto o não-limite, o não-visto, o não-dito, o não-manifesto. O [[presente]] é sempre o [[entre]] [[passado]] e [[futuro]].
+
: O [[futuro]] é o [[possível]] do [[passado]] que pode se tornar [[presente]]. Ele se torna [[presente]] quando o não-dito do que foi dito é dito. O [[futuro]] tem [[sempre]] como [[horizonte]] o [[passado]], com quem dialoga, trazendo ao [[presente]] o que não se delimita no [[horizonte]] e é sua [[potencialidade]], enquanto o não-limite, o não-visto, o não-dito, o não-manifesto. O [[presente]] é [[sempre]] o [[entre]] [[passado]] e [[futuro]].
-
: [[Manuel Antônio de Castro]]
+
: [[Manuel Antônio de Castro]].
== 2 ==
== 2 ==
Linha 11: Linha 11:
: Referência:
: Referência:
-
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Apresentação". In: -------. ''Filosofia grega - uma introdução''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 13.
+
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Apresentação". In: -------. '''Filosofia grega - uma introdução'''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 13.
 +
 
 +
== 3 ==
 +
: "Aqueles que querem [[prever]] o [[futuro]] precisam primeiro [[conhecer]] o [[passado]]...razão pela qual os [[videntes]] e [[magos]] [[celtas]] começavam suas [[profecias]] sondando os [[tempos]] de outrora, não o [[futuro]]. Sua [[experiência]] e [[aprendizado]] lhes proporcionavam um "[[conhecimento]] acurado da [[raça]] [[divina]]", que eles utilizavam como base para suas [[previsões]]" (1).
 +
 
 +
 
 +
: Referência:
 +
 
 +
: (1) HOOD, Juliette. "Nosso passado é nosso futuro". '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 84.
 +
 
 +
== 4 ==
 +
: "A [[noite]] é o [[passado]] do que se dando se retraiu. O [[presente]] é o [[desvelamento]] do que se velou. O [[passado]] é o desvelado do que se velou. [[Latência]]. Por isso, o [[futuro]] é [[sempre]] o [[desvelamento]] do que no [[passado]] se velou e torna [[possível]] o [[presente]] sem o qual não pode haver [[futuro]]. [[Latência]] e [[patência]]. [[Ser]] [[sendo]] no ter sido e no [[vir a ser]]. [[Destino]] do [[humano]], de todo [[ser humano]]" (1).
 +
 
 +
 
 +
: Referência:
 +
 
 +
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 259.

Edição atual tal como 21h50min de 17 de Abril de 2024

Tabela de conteúdo

1

O futuro é o possível do passado que pode se tornar presente. Ele se torna presente quando o não-dito do que foi dito é dito. O futuro tem sempre como horizonte o passado, com quem dialoga, trazendo ao presente o que não se delimita no horizonte e é sua potencialidade, enquanto o não-limite, o não-visto, o não-dito, o não-manifesto. O presente é sempre o entre passado e futuro.


Manuel Antônio de Castro.

2

"O Pensamento é um passado tão vigente que sempre está por vir. Qualquer esforço da Filosofia não deixa de ser um esforço do e pelo Pensamento. E por quê? Porque nenhum esforço filosófico, em qualquer hora, tanto outrora como agora, pode dispensar a força de futuro do Pensamento no passado. Por isso também toda a Filosofia vive de pensar a História da Filosofia" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Apresentação". In: -------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 13.

3

"Aqueles que querem prever o futuro precisam primeiro conhecer o passado...razão pela qual os videntes e magos celtas começavam suas profecias sondando os tempos de outrora, não o futuro. Sua experiência e aprendizado lhes proporcionavam um "conhecimento acurado da raça divina", que eles utilizavam como base para suas previsões" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Nosso passado é nosso futuro". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 84.

4

"A noite é o passado do que se dando se retraiu. O presente é o desvelamento do que se velou. O passado é o desvelado do que se velou. Latência. Por isso, o futuro é sempre o desvelamento do que no passado se velou e torna possível o presente sem o qual não pode haver futuro. Latência e patência. Ser sendo no ter sido e no vir a ser. Destino do humano, de todo ser humano" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 259.