Entre-ser
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→2) |
(→1) |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
__NOTOC__ | __NOTOC__ | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | :"[[Intuição]] vem de ''in'', ou seja, é já radicalmente um [[entre]]. Por já desde sempre vigorar o [[ser]] [[humano]] neste entre, por provir e se constituir no 'doar-se de uma intuição originária' (1), é que Heidegger passou a denominar o ser humano como [[Dasein|Da-sein]], ou seja, como Entre-ser" (2). | + | :"[[Intuição]] vem de ''in'', ou seja, é já radicalmente um [[entre]]. Por já desde sempre vigorar o [[ser]] [[humano]] neste entre, por provir e se constituir no 'doar-se de uma intuição originária' (1), é que Heidegger passou a denominar o [[ser humano]] como [[Dasein|Da-sein]], ou seja, como [[Entre-ser]]" (2). |
Linha 13: | Linha 13: | ||
:*[[Autodiálogo]] | :*[[Autodiálogo]] | ||
- | |||
- | |||
== 2 == | == 2 == |
Edição de 06h34min de 8 de Agosto de 2017
1
- "Intuição vem de in, ou seja, é já radicalmente um entre. Por já desde sempre vigorar o ser humano neste entre, por provir e se constituir no 'doar-se de uma intuição originária' (1), é que Heidegger passou a denominar o ser humano como Da-sein, ou seja, como Entre-ser" (2).
- Referências:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A fenomenologia de Edmund Husserl e a fenomenologia de Martin Heidegger". In: Revista Tempo Brasileiro, nº 165. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2006, p. 10.
- (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre'". In: Revista Tempo Brasileiro, nº 164. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2006, p. 24.
- Ver também:
2
- Os dias, as noites, nós, somos uma doação do sol, que tanto mais se dá quanto mais retrai para que cheguemos a ser o que somos: filhos e doação do sol E da terra. No fundo e essencialmente somos a dis-puta de Terra E Sol. Originários do sol e da terra, nosso viver consiste nesse per-curso entre o sol e a terra. Guimarães Rosa chamou a esse per-curso do entre de travessia. É que nesse percurso nos trans-vertemos, nos vertemos na densidade vertente do que nos constitui: sol e terra. O sol é a linguagem que vivifica e faz eclodir a vida e morte que somos, como doação da terra. Por isso nosso corpo é a língua da linguagem. Em todos os sentidos, em nossa constituição poética e ontológica somos sempre e sempre Entre-ser.