Deuses
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→8) |
(→8) |
||
Linha 80: | Linha 80: | ||
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 161. | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 161. | ||
+ | |||
+ | == 9 == | ||
+ | : "César compara os [[deuses]] [[celtas]] da [[cura]] ao [[clássico]] [[deus]] [[solar]] [[Apolo]], mas para os [[celtas]] o [[poder]] de [[cura]] não vinha do [[sol]], mas do [[Outro Mundo]], o [[reino]] da [[escuridão]] e do [[conhecimento]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) HOOD, Juliette. "Cura Espiritual". '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 114. |
Edição de 21h42min de 13 de Junho de 2021
Tabela de conteúdo |
1
- "Deuses não são entidades, mas as diferentes modalidades manifestativas do vigorar do sagrado. Deuses são forças misteriosas que constituem a realidade e o ser humano em sua realidade. Por isso, todas as culturas sempre tiveram deuses" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 222.
2
- "Os deuses de fato existem e é evidente o conhecimento que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das pessoas, essa não existe: as pessoas não constumam preservar a noção que têm dos deuses. Ímpio não é quem rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui aos deuses os falsos juízos dessa maioria" (1).
- Referência:
- (1) EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. e Apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 25.
3
- "Os deuses míticos, em sua origem, nada têm a ver com fetichismo, idolatria ou magia. Apontam para "uma denominação condizente e adequada à vigência do extraordinário e ao vigor do mistério da realidade. É o que exprimiam com palavras theoi, theontes kai daímones, isto é, em palavras que significam aparições, processos de eclodir, surgir e dar-se" (2) " (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do canto das Sereias". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, 161.
- (2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". In: -----. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, 134.
4
- "A palavra, no modo em que já foi palavra, perdeu-se do antigo lugar em que deuses apareciam. Como já foi a palavra? A proximidade de um deus acontecia na própria saga de um dizer. O dizer era em si mesmo o deixar aparecer do que havia sido contemplado por aqueles que dizem, porque isso já os havia contemplado. Esse olhar trouxe os que dizem e os que escutam para a intimidade infinita da luta entre homens e deuses" (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. "A palavra". In: ----. A caminho da Linguagem. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis (RJ): Vozes. Bragança Paulista (SP): Editora Universitária São Francisco, 2003, p. 173.
5
- "No mundo animado do Antigo Egito, os números não designavam apenas quantidades, pelo contrário, eram considerados definições concretas de princípios energéticos que formavam a natureza. Os egípcios chamavam esses princípios energéticos de 'neteru (deuses)" (1).
- Referência:
- (1) GADALLA, Moustafa. "Tudo é número". In: -----. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 29.
6
- "Os egípcios antigos acreditavam em um Único Deus que criou e concebeu a si mesmo, e que era imortal, invisível, eterno, onisciente, todo-poderoso, etc. Este Único Deus nunca era representado, as funções e atributos de seu domínio eram representadas. Estes atributos eram chamados de neteru (pronuncia-se net-er-u no singular, neter no masculino e netert no feminino). O termo deuses é uma representação incorreta do termo egípcio neteru" (1).
- Referência:
- (1) GADALLA, Moustafa. "O Mais Religioso". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 22.
7
- "Píndaro chama lugares, regiões, montanhas ou margens do rio de dza-theos, quando quer remeter a uma experiência do extraordinário. É aí que o mistério da realidade aparece, como tal, e se deixa ver como a realidade nas realizações. É o que os gregos
- entendiam e chamavam theoi [palavra grega, plural de theos, deus, ou seja:deuses ]
- (Leão: 1992, 133) (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis/RJ: Vozes, 1992.
8
- "Os deuses míticos, entendidos na palavra poética, instituem o seu próprio tempo, o tempo poético, onde se dá a abertura para a presentificação/doação do extraordinário. Lê-los e interpretá-los é, pois, traduzir em nossa língua a linguagem da questão que eles dizem" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 161.
9
- "César compara os deuses celtas da cura ao clássico deus solar Apolo, mas para os celtas o poder de cura não vinha do sol, mas do Outro Mundo, o reino da escuridão e do conhecimento" (1).
- Referência:
- (1) HOOD, Juliette. "Cura Espiritual". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 114.