Acaso
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: (1)CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 255. | : (1)CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 255. | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A gota d’água e o mar". In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 249. |
Edição atual tal como 22h49min de 31 de Dezembro de 2019
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1
- Acontecer nunca é acaso. Em verdade só se fala em acaso porque a causalidade, isto é, a racionalidade, não pode explicar tudo. Como a realidade é muito mais rica e complexa e não depende de um fundamento, tudo que foge ao esquema causal de agente e paciente, é atribuído ao acaso. Se o racionalista fosse lógico radicalmente deveria dizer que também a razão é produto do acaso. Porém, há leis racionais que não atuam cegamente nem à mercê do acaso. Há leis racionais, mas não são toda realidade. Inventar o acaso diz apenas dos limites da razão. Mas tal limite ou negatividade é inerente à razão e não indica jamais as possibilidades da realidade.
2
- Misteriosamente, a memória é a morte se dando em vida, manifestando-se nos viventes. A memória é muito mais do que a cronologia e a causalidade. Ela é o acontecer poético, que é sem por quê. Este não é o acaso. Em verdade só se fala em acaso porque a causalidade, isto é, a racionalidade, não pode explicar tudo. O acaso é a negatividade inerente à razão e não indica jamais as possibilidades da realidade, da morte. A realidade, como morte, constitui-se nas possibilidades da vida nos viventes.
3
- "A lei do genos é o destino: certo, justo e livre, dando-se como o próprio de cada um. Nela nada é esquecido ou omitido, impossibilitando qualquer acaso posto que vigora. Acaso é o que a limitada razão não pode explicar causalmente" (1).
- (1)CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 255.
4
- "Misteriosamente, a memória é a morte se dando em vida, manifestando-se nos viventes. Ela é muito mais do que a cronologia e a causalidade. Ela é o acontecer poético, que é sem por quê. Este não é o acaso. Na verdade, só se fala em acaso porque a causalidade, isto é, a racionalidade, não pode explicar tudo. O acaso é a negatividade inerente à razão e não indica jamais as possibilidades da realidade, da morte" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A gota d’água e o mar". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 249.