Mal
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 02h54min de 11 de Abril de 2017 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- O mal não é relativo. Relativa é a visão do mal. O bem não é relativo. Relativa é a visão do bem. O ético é o bem. A falta do ético é o mal. Nem o mal nem o bem são relativos. Vigem na presença ou ausência do ético. A professora entrou na sala de aula e expôs para os alunos um copo com água, que ocupava exatamente a metade do copo. Perguntou à Juliana:
- - O copo está cheio ou vazio?
- - Eu acho que está cheio até a metade.
- - E você, Júlio, o que acha? Está cheio ou vazio?
- - Eu acho que está vazio pela metade.
- Qual dos dois alunos tem razão? Os dois. Isso é evidente. O que não é tão evidente e, no entanto, mais verdadeiro, é que os dois alunos só podem discordar porque o real precede as suas visões e tanto se oferece à visão como cheio e como vazio. Essa doação do real não é relativa. A ambiguidade não está na visão, mas no ser que tanto se dá como vazio quanto como cheio. E a nossa visão do cheio ou do vazio só vem de nós na medida em que sendo e não-sendo somos também uma doação do ser. Por isso a arte é ética, porque radica no ser/não-ser e não na visão que cada um tem. é no horizonte do ético que se decide a presença do mal. Mas jamais confundir o ético / ética com a moral.
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- Estar sem ser ainda não é sentido. Tal carência é o mal. É então que se discerne o ético, que nada mais é do que a morada no sagrado, medida que a morte faz vigorar.