Completude

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 19h52min de 7 de janeiro de 2024 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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Toda plenitude só é plenitude do principiar do princípio, assim como todo rio traz em sua corrente a presença da fonte. Esta ambiguidade poética é que é o tempo circular. A palavra plenitude forma-se de pleno. E esta palavra vem do latim plenus, que significa: cheio, completo, satisfeito. Porém, não podemos reduzir a plenitude a esses atributos acidentais quando se trata do ser que cada um é. Ontologicamente é uma realização plena, completa, inteira, que se dá quando, cada um naquilo que é, encontra o seu pleno e total sentido. É a sua completude. É que sentido então é sentido de ser, plena e completa realização, e não simplesmente a mera ligação às sensações e à satisfação dos sentidos. Estes não estão excluídos da plenitude e da completude, mas jamais podemos reduzi-las às meras sensações sejam sensuais, sejam estéticas, pois, neste caso, reduzir-se-ia o ontológico (Libido essendi) ao epistemológico (Libido sciendi).


- Manuel Antônio de Castro


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"A experienciação pressupõe o horizonte. Este nome vem do grego e significa: o limite do visível, do sabido em tensão com o não-visível, o não-sabido, ou seja, o vazio, o silêncio, o nada. Mergulhados no horizonte, isto é, na tensão “entrelimite e não-limite aspiramos sempre, em nossas ações e escolhas, a uma completude de realização. Esta realização, como consumação do que se é, os gregos denominaram telos, ou seja, a plenificação dos limites no aberto livre do silêncio e da não-ação. É a escuta da fala do silêncio" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura: caminho de paragens e passagens". In: ---. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 210
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