Adequação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 22h05min de 23 de Julho de 2020 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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O raciocinar se move sempre no que pode ser claro e passível de conhecimento enquanto conceito, daí tal conhecimento basear-se na verdade por adequação, ou seja, na “adaequatio rei et intellectus”, expressão latina da filosofia medieval que diz: a verdade é a adequação da coisa/real ao intelecto. Tal adequação é o resultado do exercício da razão enquanto no juízo profere algo de lógico, ou seja, o que é passível de comprovação e exatidão racional, isto é, lógico, verdadeiro. Então adequação diz equivalência.


- Manuel Antônio de Castro

2

A proposição será desde a sofística e o Helenismo o lugar da verdade. E algo será verdadeiro quando houver homoiosis entre o que é e o como se conhece e o como se diz. Homoiosis foi traduzida para o latim como adaequatio, adequação. A verdade passará a ser a adequação entre forma e conteúdo (razão), entre enunciado e enunciação (discurso), entre sujeito e predicativo, na proposição.


- Manuel Antônio de Castro.

3

A questão da linguagem enquanto representação, que começa como homoíosis (semelhança, da qual surge o conceito de verdade por adequação), ou seja, como instrumento representacional, se exacerba na pós-modernidade. De mediação entre a "coisa" e o conceito, ela se torna cada vez mais autônoma e passando a ser não só um instrumento de representação, em função da coisa transformada em instrumento, ela mesma substitui a coisa e passa a ser o "real".


- Manuel Antônio de Castro.
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