Meta

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "[[Existir]] é a peregrinação do [[silêncio]] nas [[falas]] das [[realizações]] de um [[tempo]] [[originário]]. Sem dúvida, [[sempre]] temos uma [[meta]], [[sempre]] estamos no [[tempo]], [[sempre]] seguimos uma [[direção]]. Mas, porque está em [[jogo]] o [[Ser]] e o [[Nada]], cada passo de nossa passagem pela [[ponte]] dos [[mundos]] atinge a [[meta]], se dá no [[tempo]] e mantém a direção. Pois é a [[própria]] [[caminhada]] que constitui a [[meta]], é o [[próprio]] [[caminho]] que se faz [[direção]], é o [[próprio]] [[limite]] que instala o [[tempo]]" (1).
: Referência:
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''Aprendendo a pensar II'''. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 29.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''[[Aprendendo]] a [[pensar]] II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 29.'''
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Edição de 22h13min de 30 de março de 2025

1

"Existir é a peregrinação do silêncio nas falas das realizações de um tempo originário. Sem dúvida, sempre temos uma meta, sempre estamos no tempo, sempre seguimos uma direção. Mas, porque está em jogo o Ser e o Nada, cada passo de nossa passagem pela ponte dos mundos atinge a meta, se dá no tempo e mantém a direção. Pois é a própria caminhada que constitui a meta, é o próprio caminho que se faz direção, é o próprio limite que instala o tempo" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 29.
Ver também:
*Cosmo

2

"No que diz respeito às quatro causas, ou seja, ao utensílio, é essencial que esclareçamos bem a questão do télos, porque é ele que determina o entendimento das outras causas. Quando pensamos o “on/sendo” como meta já temos em vista a determinação das causas como instrumentos pelos quais possamos atingir a meta. Daí a interpretar o “on/sendo” como instrumento é um passo. Isso ocorre sobretudo na questão da técnica como ela é entendida modernamente. O “on/sendo” (ente / sendo) e os “onta” (os entes/os sendos) como um todo, ou seja, a natureza (physis), passam a ser instrumentos no sentido de “ta onta/physis” (os entes) serem simplesmente reduzidos a disposições disponíveis para atingir metas. Mas que metas são essas? Elas implicam intencionalidade e redução da realidade ao conhecimento racional das leis causais. As metas são externas ao próprio de cada coisa, de cada sendo. O sendo, cada coisa e a totalidade das coisas passam a ser enquanto recursos disponíveis para atingir as metas. As metas já são determinadas a partir do lugar que o ser humano ocupa na totalidade da realidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Telos e sentido". Ensaio ainda não publicado.
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