Adequação
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→2) |
||
Linha 6: | Linha 6: | ||
== 2 == | == 2 == | ||
- | : A [[proposição]] será desde a [[sofística]] e o [[Helenismo]] o [[lugar]] da [[verdade]]. E algo será [[verdadeiro]] quando houver ''homoiosis'' [[entre]] ''o que é'' e ''o como se conhece'' e ''o como se diz''. Homoiosis foi traduzida para o [[latim]] como ''adaequatio'', [[adequação]]. A [[verdade]] passará a [[ser]] a [[adequação]] [[entre]] [[forma]] e [[conteúdo]] (razão), entre [[enunciado]] e [[enunciação]] (discurso), [[entre]] [[sujeito]] e [[predicativo]], na [[proposição]]. | + | : A [[proposição]] será desde a [[sofística]] e o [[Helenismo]] o [[lugar]] da [[verdade]]. E algo será [[verdadeiro]] quando houver ''[[homoiosis]]'' [[entre]] ''o que é'' e ''o como se conhece'' e ''o como se diz''. ''[[Homoiosis]]'' foi traduzida para o [[latim]] como ''adaequatio'', [[adequação]]. A [[verdade]] passará a [[ser]] a [[adequação]] [[entre]] [[forma]] e [[conteúdo]] (razão), entre [[enunciado]] e [[enunciação]] (discurso), [[entre]] [[sujeito]] e [[predicativo]], na [[proposição]]. |
+ | |||
+ | |||
+ | : - [[Manuel Antônio de Castro]]. | ||
+ | |||
+ | == 3 == | ||
+ | : A [[questão]] da [[linguagem]] enquanto [[representação]], que começa como ''[[homoíosis]]'' (semelhança, da qual surge o [[conceito]] de [[verdade]] por [[adequação]]), ou seja, como [[instrumento]] [[representacional]], se exacerba na [[pós-modernidade]]. De [[mediação]] [[entre]] a "[[coisa]]" e o [[conceito]], ela se torna cada vez mais autônoma e passando a [[ser]] não só um [[instrumento]] de [[representação]], em [[função]] da [[coisa]] transformada em [[instrumento]], ela mesma substitui a [[coisa]] e passa a [[ser]] o "[[real]]". | ||
: - [[Manuel Antônio de Castro]]. | : - [[Manuel Antônio de Castro]]. |
Edição de 22h05min de 23 de Julho de 2020
1
- O raciocinar se move sempre no que pode ser claro e passível de conhecimento enquanto conceito, daí tal conhecimento basear-se na verdade por adequação, ou seja, na “adaequatio rei et intellectus”, expressão latina da filosofia medieval que diz: a verdade é a adequação da coisa/real ao intelecto. Tal adequação é o resultado do exercício da razão enquanto no juízo profere algo de lógico, ou seja, o que é passível de comprovação e exatidão racional, isto é, lógico, verdadeiro. Então adequação diz equivalência.
2
- A proposição será desde a sofística e o Helenismo o lugar da verdade. E algo será verdadeiro quando houver homoiosis entre o que é e o como se conhece e o como se diz. Homoiosis foi traduzida para o latim como adaequatio, adequação. A verdade passará a ser a adequação entre forma e conteúdo (razão), entre enunciado e enunciação (discurso), entre sujeito e predicativo, na proposição.
3
- A questão da linguagem enquanto representação, que começa como homoíosis (semelhança, da qual surge o conceito de verdade por adequação), ou seja, como instrumento representacional, se exacerba na pós-modernidade. De mediação entre a "coisa" e o conceito, ela se torna cada vez mais autônoma e passando a ser não só um instrumento de representação, em função da coisa transformada em instrumento, ela mesma substitui a coisa e passa a ser o "real".