Quaternidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(3)
(1)
Linha 1: Linha 1:
__NOTOC__
__NOTOC__
== 1 ==
== 1 ==
-
:"No [[habitar]], a quadratura se resguarda à medida que leva para as [[coisa|coisas]] o seu [[próprio]] vigor de essência. As coisas elas mesmas, porém, abrigam a quadratura ''apenas quando'' deixadas [[como]] coisas em seu vigor" (1).
+
: "No [[habitar]], a [[quadratura]] se resguarda à medida que leva para as [[coisa|coisas]] o seu [[próprio]] vigor de [[essência]]. As [[coisas]] elas mesmas, porém, abrigam a [[quadratura]] ''apenas quando'' deixadas [[como]] [[coisas]] em seu vigor" (1).
-
:Referência:
+
: Referência:
-
:(1) HEIDEGGER, Martin. "Construir, habitar, pensar". In: -------------. ''Ensaios e conferências''. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2001, p.131.
+
: (1) HEIDEGGER, Martin. "Construir, habitar, pensar". In: -------------. ''Ensaios e conferências''. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2001, p.131.
-
:'''Ver também:'''
+
: '''Ver também:'''
-
:*[[Morar]]
+
: *[[Morar]]
==2==
==2==

Edição de 01h00min de 26 de Outubro de 2017

1

"No habitar, a quadratura se resguarda à medida que leva para as coisas o seu próprio vigor de essência. As coisas elas mesmas, porém, abrigam a quadratura apenas quando deixadas como coisas em seu vigor" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "Construir, habitar, pensar". In: -------------. Ensaios e conferências. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2001, p.131.


Ver também:
*Morar

2

Geviert é uma palavra alemã usada por Heidegger e formada a partir do número quatro - vier - que significa quaternidade. A coisa tem como dinâmica de manifestação quatro referentes . As traduções variam: quaternidade, quadratura, quadripartite, quaterniforme. Os quatro são: céu e terra, mortais e imortais. Deles, trata Heidegger nos ensaios: "A coisa" e "Construir, habitar, pensar" (1). Essa relação/referência dá margem a muitas interpretações, das quais a compreensão ou sentido se torna mais clara a partir da observação de Souza: "Falta-nos a proximidade como presença do ser; falta-nos a proximidade das coisas enquanto coisas, enquanto não dominadas pela maquinação dos homens. Neste sentido, o que Walter Benjamin chama de aura equivale ao que Heidegger denomina das Ding. O que é propriamente 'coisa' nos escapa, mas temos as referências: terra/céu; mortais/imortais" (2).


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) In: HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Petrópolis, Vozes, 2002.
(2) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Epigênese do Pós-moderno". In: Revista Tempo Brasileiro, 84, Rio, jan-mar., 1986, p.43.


Ver também:

3

Esse tema é tratado no ensaio "A coisa" (1), de Martin Heidegger, onde temos: coisa - quaternidade. É tratado também no ensaio "Construir, habitar, pensar" (2), onde temos: quaternidade - coisa. Neste, não fala em mundo, mas está implícito e seria a abertura da "unidade originária". Não fala de mundo porque trata da questão do espaço do ponto de vista do lugar (lugar: ponte - coisa). Então, o Lugar é o Mundo como sentido e verdade do Ser. Assim como em A origem da obra de arte (3) o mundo está em disputa com terra, aqui o lugar está em tensão com clareira. Conferir abaixo.


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A coisa". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.
(2) ______. "Construir, habitar, pensar". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.
(3) ______. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010.
Ferramentas pessoais