Escritor
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :"A [[vida]] deve fazer justiça à [[obra]], e a obra à vida. Um escritor que não se atém a esta regra não vale nada, nem como [[homem]] nem como escritor. Ele está face a face com o [[infinito]] e é responsável perante o homem e perante a si mesmo. Para ele não existe uma instância superior. Para que você não tenha de me interrogar a esse respeito, gostaria de explicar meu compromisso, meu compromisso do coração, e que considero o maior compromisso possível, o mais importante, o mais humano e acima de tudo o único sincero. Outras regras que não sejam este [[credo]], esta [[poética]] e este compromisso não existem para mim, não as reconheço. Estas são as [[leis]] de minha vida, de meu [[trabalho]], de minha responsabilidade" (1). | + | : "A [[vida]] deve fazer justiça à [[obra]], e a obra à vida. Um [[escritor]] que não se atém a esta regra não vale nada, nem como [[homem]] nem como [[escritor]]. Ele está face a face com o [[infinito]] e é responsável perante o [[homem]] e perante a si mesmo. Para ele não existe uma [[instância]] superior. Para que você não tenha de me [[interrogar]] a esse respeito, gostaria de [[explicar]] meu compromisso, meu compromisso do [[coração]], e que considero o maior compromisso possível, o mais importante, o mais [[humano]] e acima de [[tudo]] o único sincero. Outras regras que não sejam este [[credo]], esta [[poética]] e este compromisso não existem para mim, não as reconheço. Estas são as [[leis]] de minha [[vida]], de meu [[trabalho]], de minha responsabilidade" (1). |
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: (1) Entrevista com Guimarães Rosa, conduzida por Günter Lorenz no Congresso de Escritores Latino-Americanos, em janeiro de 1965 e publicada em seu livro: ''Diálogo com a América Latina''. São Paulo: E.P.U., 1973. Acessada no site: www.tirodeletra.com.br/entrevistas/Guimarães Rosa - 1965.htm, p. 11. | : (1) Entrevista com Guimarães Rosa, conduzida por Günter Lorenz no Congresso de Escritores Latino-Americanos, em janeiro de 1965 e publicada em seu livro: ''Diálogo com a América Latina''. São Paulo: E.P.U., 1973. Acessada no site: www.tirodeletra.com.br/entrevistas/Guimarães Rosa - 1965.htm, p. 11. |
Edição de 12h56min de 25 de Julho de 2019
1
- "Para tornar-se escritor, paciência e empenho não bastam: a pessoa, antes, precisa sentir-se compelida a evitar multidões, as outras pessoas e os assuntos da vida ordinária de todo dia, recolhendo-se e ficando em silêncio. Ansiamos por paciência e esperança que nos permitam criar um universo profundo na escrita. Mas o desejo de recolhimento é o que nos impele à ação" (1).
- Referência:
- (1) PAMUK, Orhan. A maleta de meu pai. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, 18.
2
- "A vida deve fazer justiça à obra, e a obra à vida. Um escritor que não se atém a esta regra não vale nada, nem como homem nem como escritor. Ele está face a face com o infinito e é responsável perante o homem e perante a si mesmo. Para ele não existe uma instância superior. Para que você não tenha de me interrogar a esse respeito, gostaria de explicar meu compromisso, meu compromisso do coração, e que considero o maior compromisso possível, o mais importante, o mais humano e acima de tudo o único sincero. Outras regras que não sejam este credo, esta poética e este compromisso não existem para mim, não as reconheço. Estas são as leis de minha vida, de meu trabalho, de minha responsabilidade" (1).
- Referência:
- (1) Entrevista com Guimarães Rosa, conduzida por Günter Lorenz no Congresso de Escritores Latino-Americanos, em janeiro de 1965 e publicada em seu livro: Diálogo com a América Latina. São Paulo: E.P.U., 1973. Acessada no site: www.tirodeletra.com.br/entrevistas/Guimarães Rosa - 1965.htm, p. 11.