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De Dicionário de Poética e Pensamento
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- | + | : (1) [[HEIDEGGER]], Martin. '''A [[caminho]] da [[linguagem]]. Petrópolis: Vozes, 2003, pp. 201-9.''' | |
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+ | : "Cada [[texto]] [[poético]] não é como tal um [[ente]] ao lado do que propriamente é um [[ente]], p. ex., algo dotado de código genético ou [[funcionalidade]], como sendo isto ou aquilo, este ou aquele [[utensÃlio]]. Então os [[textos]], melhor, as [[obras]], que são [[obras]] porque operam, se constituem de [[imagens-questões]]. Por exemplo, “[[Campo]]â€, no [[ensaio]] de [[Heidegger]] “O caminho do campoâ€, é uma [[Imagem-questão]]. Que [[questões]] essa [[imagem]] nos coloca? Aà é só começar a [[pensar]]. E então podemos ligar "[[campo]]" a [[lugar]], a [[mundo]], a [[Terra]], a [[Céu]], aos [[mortais]], aos [[imortais]]" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' [[Heidegger]] e as [[questões]] da [[arte]]. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). [[Arte]] em [[questão]]: as [[questões]] da [[arte]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 20.''' |
Edição atual tal como 21h59min de 18 de janeiro de 2025
1
- Quando Heidegger no ensaio "O caminho do campo" escolhe a imagem-questão "campo", ela traz já consigo o lugar, o mundo, a clareira e o aberto. O mesmo acontece com caminho. A imagem-questão já traz em si toda nossa vida, aventuras, venturas e desventuras. Campo e caminho: "Articular o entreaberto e o livre da linguagem, sulcar, abrir sulcos e riscos" (1) implica abrir caminho.
- Referência:
2
- "Cada texto poético não é como tal um ente ao lado do que propriamente é um ente, p. ex., algo dotado de código genético ou funcionalidade, como sendo isto ou aquilo, este ou aquele utensÃlio. Então os textos, melhor, as obras, que são obras porque operam, se constituem de imagens-questões. Por exemplo, “Campoâ€, no ensaio de Heidegger “O caminho do campoâ€, é uma Imagem-questão. Que questões essa imagem nos coloca? Aà é só começar a pensar. E então podemos ligar "campo" a lugar, a mundo, a Terra, a Céu, aos mortais, aos imortais" (1).
- Referência: