Antítese
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : HUMMES | + | : [[HUMMES]] o.f.m, Frei Cláudio. '''Depois passou por uma ordenação Episcopal e posteriormente foi nomeado Cardeal.[[História]] da [[Filosofia]]. Curso dado em 1963, em Daltro Filho, hoje cidade de Imigrantes, RS. Anotações distribuídas em sala de aula.''' |
Edição atual tal como 21h02min de 15 de janeiro de 2025
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- Antítese diz o depor de todo pôr. Estes são os dois sentidos gerados do verbo grego legein. Pôr implica sempre posição, a deposição é a antítese. É esta o passo dialético necessário dentro da tese. Ora, viver é realizar-se numa caminhada, numa travessia segundo o pensador Guimarães Rosa. Desse modo, a todo passo deve corresponder uma conquista do que ainda não somos, mas já somos como possibilidades de vir a ser. Portanto, só se caminha no jogo dialético de pôr e depor ou de tese e [[antítese. Isso implica que para haver novas coquistas e realização de nossas possibilidades de ser é necessário ontologicamente depormos o já conquistado, ou seja, deve haver sempre uma renúncia para que novos passos sejam dados, novas possibilidades sejam efetivadas e sejam realmente novas. A negação dialética é parte constitutiva do que somos. No horizonte do tempo é o jogo dialético de passado e futuro no presente, onde o passado é a possibilidade de realização do futuro ainda não realizado e tornado presente. Portanto, o próprio tempo é um pôr e depor incessante. Por ser jogo de tese e antítese a dialética é essencialmente sempre aberta. A síntese abre sempre uma nova tese.
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- "Os três momentos que correntemente se chamam tese, antítese e síntese, Hegel os chama de “afirmação”, “negação”, “negação da negação” (mas entenda-se que esta terceira expressão não designa uma simples volta à primeira afirmação, mas a passagem a uma afirmação superior que contém de um modo eminente os elementos aproveitáveis da tese e da antítese).
- Referência: