Claridade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"A cor pertence ao âmbito da [[visão]], todavia, sem [[claridade]] não é possível [[ver] nenhuma cor. Mas claridade não é uma [[coisa]], algo que tenha o modo de [[ser]] de um conteúdo ou objeto sensível. A claridade é tão inapreensível como o [[nada]] e o [[vazio]]. Por isso mesmo toda [[explicação]] objetiva e/ou subjetiva da [[luz]] não chega até à [[essência]] da [[luz]], mas a supõe. É que a [[essência]] da [[luz]] está na claridade em que nós, [[homens]], nos movemos e existimos" (1).
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: "A [[cor]] pertence ao âmbito da [[visão]], todavia, sem [[claridade]] não é possível [[ver]] nenhuma [[cor]]. Mas [[claridade]] não é uma [[coisa]], algo que tenha o modo de [[ser]] de um conteúdo ou objeto sensível. A [[claridade]] é tão inapreensível como o [[nada]] e o [[vazio]]. Por isso mesmo toda [[explicação]] objetiva e/ou subjetiva da [[luz]] não chega até à [[essência]] da [[luz]], mas a supõe. É que a [[essência]] da [[luz]] está na [[claridade]] em que nós, [[homens]], nos movemos e existimos" (1).
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:(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Idea=doação de ser". In: ------. ''Filosofia grega - uma introdução''. Teresópolis/RJ: Daimon, 2010, p.209.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "Idea: [[doação]] de [[ser]]". In: ------. [[Filosofia]] [[grega]] - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon, 2010, p. 209.'''
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: "Não se deve reduzir a [[luz]] à [[claridade]]. A [[escuridão]] também pertence à [[luz]] e por isso mesmo nunca deixa de [[ser]] [[luminosa]]. A [[luz]] é [[tensão]] [[ontológica]], a [[tensão]] da [[unidade]] de [[claridade]] e [[escuridão]] no [[próprio]] [[ser]] dos [[seres]]. É desta [[unidade]] que [[Heráclito]] de Éfeso diz que [[tudo]] é [[Um]]: (''én panta einai'') (Diels, 50)" (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "A [[luz]] na [[arte]] [[grega]]". In: -----. [[Filosofia]] [[grega]] - Uma Introdução. Teresópolis: Daimon, 2010, p. 89.'''
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: "Pode haver [[viver]] sem ser no [[amar]], na [[clareira]] do [[ser]]? A [[claridade]] da [[clareira]] não é a [[luz]] que nos faz [[ver]] [[tudo]] que está ao nosso redor. Não. Isso são [[sensações]] próximas do sem [[sentido]]. A [[claridade]] da [[clareira]] é o [[sentido]], a [[sonoridade]] [[silenciosa]], [[amorosa]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Amar]] e [[ser]]". In:------. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 318.'''

Edição atual tal como 20h08min de 28 de Dezembro de 2024

1

"A cor pertence ao âmbito da visão, todavia, sem claridade não é possível ver nenhuma cor. Mas claridade não é uma coisa, algo que tenha o modo de ser de um conteúdo ou objeto sensível. A claridade é tão inapreensível como o nada e o vazio. Por isso mesmo toda explicação objetiva e/ou subjetiva da luz não chega até à essência da luz, mas a supõe. É que a essência da luz está na claridade em que nós, homens, nos movemos e existimos" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Idea: doação de ser". In: ------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon, 2010, p. 209.

2

"Não se deve reduzir a luz à claridade. A escuridão também pertence à luz e por isso mesmo nunca deixa de ser luminosa. A luz é tensão ontológica, a tensão da unidade de claridade e escuridão no próprio ser dos seres. É desta unidade que Heráclito de Éfeso diz que tudo é Um: (én panta einai) (Diels, 50)" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A luz na arte grega". In: -----. Filosofia grega - Uma Introdução. Teresópolis: Daimon, 2010, p. 89.

3

"Pode haver viver sem ser no amar, na clareira do ser? A claridade da clareira não é a luz que nos faz ver tudo que está ao nosso redor. Não. Isso são sensações próximas do sem sentido. A claridade da clareira é o sentido, a sonoridade silenciosa, amorosa" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 318.
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