Krínein

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Não podemos [[julgar]] a [[verdade]] e [[não-verdade]] por um [[critério]] prévio de [[verdade]], seja da [[fé]] ou dos [[paradigmas]] da [[representação]] [[racional]]. Se assim for, estaremos [[vigorando]] e agindo de acordo com [[fatos]] prévios e não estaremos deixando [[vigorar]] o [[agir]], o [[agir]]-[[ser]]. Ele sempre se [[dá]] na [[dobra]] de [[não-verdade]] e [[verdade]], e só no [[agir]] é que podemos [[distinguir]] e [[julgar]] (''[[krínein]]'', [[verbo]] [[grego]], quer [[dizer]] [[criticar]] distinguindo, discernindo) o alcance da [[errância]] como [[verdade]] e [[não-verdade]]. [[Errância]] não é [[erro]] (este tem seu [[critério]] de [[julgamento]] numa [[representação]])" (1).

Edição de 22h12min de 20 de março de 2020

1

Todos os sentidos de krínein surgem para se concentrarem no ato de-cisivo de julgar, pois este se torna o lugar do dis-cernimento. E todo julgamento, pressupõe-se, julga para indicar e adotar o certo, o verdadeiro, daí estar todo julgamento relacionado a uma lei, que é o lugar da determinação do certo, do verdadeiro.


- Manuel Antônio de Castro


2

"Não podemos julgar a verdade e não-verdade por um critério prévio de verdade, seja da ou dos paradigmas da representação racional. Se assim for, estaremos vigorando e agindo de acordo com fatos prévios e não estaremos deixando vigorar o agir, o agir-ser. Ele sempre se na dobra de não-verdade e verdade, e só no agir é que podemos distinguir e julgar (krínein, verbo grego, quer dizer criticar distinguindo, discernindo) o alcance da errância como verdade e não-verdade. Errância não é erro (este tem seu critério de julgamento numa representação)" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.
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