Poíesis

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "A [[palavra]] grega “[[poíesis]]”, que gerou a [[palavra]] portuguesa [[poesia]], em [[sentido]] amplo não diz originariamente uma atividade [[cultural]] [[entre]] outras. Na e pela “[[poíesis]]” o próprio [[real]] se destina no [[homem]] para que este o realize numa [[plenitude]] que o [[próprio]] [[real]] por si não realiza. Na e pela “[[poíesis]]”, o [[próprio]] [[real]] se constitui como [[linguagem]], [[mundo]], [[verdade]], [[sentido]], [[tempo]] e [[história]], em qualquer [[cultura]]" (1).

Edição de 20h16min de 19 de Outubro de 2018

1

"Também a phýsis, o surgir e elevar-se por si mesmo, é uma pro-dução, é poíesis. A phýsis é até a máxima poíesis. Pois o vigente da phýsis tem em si mesmo o eclodir da produção. Enquanto o que é pro-duzido pelo artesanato e pela arte, por exemplo, o cálice de prata, não possui o eclodir da pro-dução em si mesmo, mas em um outro, no artesão e no artista" (1). Mas o artista só tem em si a poíesis na medida em que ele é o que ele é no vigorar do ser. A obra de arte opera na medida em que ela contém em si a poíesis, o vigorar da phýsis enquanto medidação, medida, linguagem.


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A questão da técnica". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 16.


2

Poíesis é o vigorar da mediação como medida de tudo que é e não-é. O vigorar da medida denominou-se em grego lógos, sendo uma tradução possível para o português linguagem. Por isso a poíesis se torna em arte a medida de toda obra uma vez que ela opera o manifestar a realidade e o humano de todo ser humano no e enquanto diálogo.


- Manuel Antônio de Castro


3

A melhor frequentação do silêncio nos advém da poíesis, das produções poéticas. A poíesis é o sentido de toda fala, porque a poíesis é o próprio silêncio vigorando. A poíesis é a sabedoria da fala do silêncio.


- Manuel Antônio de Castro.


4

"A palavra grega “poíesis”, que gerou a palavra portuguesa poesia, em sentido amplo não diz originariamente uma atividade cultural entre outras. Na e pela “poíesis” o próprio real se destina no homem para que este o realize numa plenitude que o próprio real por si não realiza. Na e pela “poíesis”, o próprio real se constitui como linguagem, mundo, verdade, sentido, tempo e história, em qualquer cultura" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.
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