Argumento Ontológico

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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"O Argumento Ontológico da existência de Deus foi pensado, primeiramente, por Anselmo de Aosta, prior do Mosteiro de Bec, eleito Arcebispo de Cantuária em 1093 e uma das principais figuras do pensamento escolástico. Anselmo quis atender ao pedido dos Monges para elaborar uma argumentação totalmente racional, sem depender das Sagradas Escrituras, e que fosse capaz de provar a existência de Deus; o pedido dos monges levou Anselmo a escrever a sua primeira obra chamada de Monologion, publicada em 1077. Esta obra atendia ao pedido dos Monges, mas estava muito complexa devido ao entrelaçamento das argumentações, fator este que o levou a escrever no ano seguinte, em 1078, a obra Proslogion, cujo coração é o Argumento Ontológico, argumentos “válidos por si e em si” e escritos para aqueles que não creem em Deus" (1).
Na verdade, o Argumento Ontológico ou Teológico nos remete em última instância para o mistério, pois ele constitui a fonte de toda compreensão de atividade da razão, ou em grego, do Logos, ou de qualquer ciência, uma vez que todas as ciências se fundamentam na razão. De um lado, temos os limites da nossa razão de uma maneira bem clara, daí Santo Anselmo dizer que o seu Argumento é bem compreensível por todo aquele que não crê na existência de Deus, embora negue a sua existência, de outro, a prova da existência de Deus é pela via negativa. Ou seja: Deus é o mistério, é o Nada Criativo. Uma prova muito evidente dessa fonte inesgotável e misteriosa é o fato de já terem existido numerosas civilizações e, que certamente, nenhuma civilização se pode julgar ser a última e a que abarca e dá conta de toda a realidade.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) FERREIRA, Antônio Marcos Maciel. "Santo Anselmo - Argumento Ontológico": https:pensamentoextemporaneo.com.br/?p=2763
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