Télos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 279.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 279.
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: "Costuma-se [[traduzir]] ''[[telos]]'' por meta, [[fim]], [[finalidade]]. Todavia ''[[telos]]'' não diz nem a meta a que se dirige a [[ação]], nem o [[fim]] em que a [[ação]] finda, nem a [[finalidade]] a que serve a [[ação]]. ''[[Telos]]'' é o [[sentido]], enquanto [[sentido]] implica [[princípio]] de desenvolvimento, [[vigor]] de [[vida]], [[plenitude]] de [[estruturação]]" (1). (Leão, 1992: 156).
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: Referência:
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O problema da ''Poética'' de Aristóteles". In: -------. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 156.

Edição de 01h48min de 3 de Agosto de 2018

Télos

Tabela de conteúdo

1

"Com ele, o cálice circunscreve-se como utensílio sacrificial. A circunscrição finaliza o utensílio. Com este fim, porém, o utensílio não termina ou deixa de ser, mas começa a ser o que será depois de pronto. É, portanto, o que finaliza, no sentido de levar à plenitude, à (consumação) o que, em grego, se diz com a palavra télos. Com muita freqüência, traduz-se télos por "fim", entendido como meta, e também por "finalidade", entendida como propósito, interpretando-se mal essa palavra grega" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A questão da técnica". In: -------. Ensaios e conferências. Tradução: Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 2002, p.14.

2

"A integração de penhor e bem constitui e perfaz o sentido, tò télos, do empenho na dinâmica da ação. Costuma-se traduzir télos por meta, fim, finalidade. Todavia, télos não diz nem a meta a que dirige a ação nem o fim em que a ação finda, nem a finalidade a que serve a ação. Télos é o sentido, enquanto sentido implica princípio de desenvolvimento, vigor de vida, plenitude de estruturação. Assim o télos, o sentido de toda ação, é consumar a atitude, é o sumo desenvolvimento do vigor de sua plenitude. Atitude, como a consumação de todos os sentidos das ações, to teleio taton, é pois, a perfeita integração de penhor e bem" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo e pensar II. Petrópolis, Vozes, 1992, p. 156.


3

"O manter-se que se contém nos limites, o ter-se seguro a si mesmo, aquilo no que se sutenta o consistente, é o ser do sendo. Faz com que o sendo seja tal em distinção ao não-sendo. Vir à consistência significa, portanto: conquistar limites para si, de-limitar-se. Daí ser um caráter fundamental do sendo o telos, que não diz nem finalidade nem meta ou alvo e, sim, "fim". Mas "fim" nãó é entendido aqui no sentido negativo, como se alguma coisa já não continuasse e, sim, findasse e cessasse de todo. "Fim" é conclusão no sentido do grau supremo, de plenitude. No sentido de per-feição. Pois bem, limite e fim constituem aquilo em que o sendo principia a ser. São os princípios do ser de um sendo" (1).


Referência:
(1)HEIDEGGER, Martin. Introdução à metafísica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 88.

4

"No utensílio, a forma é a sua finalidade. Como a obra de arte não tem finalidade nem funcionalidade, ela não tem forma. Presencia, desvela a realidade, que não cessa de velar-se, retrair-se. À presencialização da realidade no que ela é sendo é o que se chama telos, ou seja, a realidade se dando em sentido enquanto realização" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte: presença e forma". In:-------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 221.

5

"Telos é uma palavra grega que diz o processo contínuo de referência entre o operar do princípio (arché) e sua realização e plenificação de sentido (finalidade de cada próprio) " (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 279.


6

"Costuma-se traduzir telos por meta, fim, finalidade. Todavia telos não diz nem a meta a que se dirige a ação, nem o fim em que a ação finda, nem a finalidade a que serve a ação. Telos é o sentido, enquanto sentido implica princípio de desenvolvimento, vigor de vida, plenitude de estruturação" (1). (Leão, 1992: 156).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O problema da Poética de Aristóteles". In: -------. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 156.